ATA DA NONAGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 11.11.96.
Aos onze dias
do mês de novembro do ano de mil novecentos e
noventa e seis, reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos foi
realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Airto Ferronato,
Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi
Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá,
Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin
Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do
Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo
Leal, Raul Carrion, Wilton Araújo e Letícia Arruda. Constatada a existência de
“quórum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que
fossem distribuídas em avulsos as atas da octagésima quarta, octagésima quinta,
octagésima sexta Sessões Ordinárias. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador
Antonio Hohlfeldt, 07 Pedidos de Providências; pelo Vereador Fernando Záchia,
01 Emenda ao Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do legislativo nº 103/96
(Processo nº 1776/96) e 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Lauro Hagemann, 01 Projeto de Lei do
Legislativo nº 161/96 (Processo 2758/96) e 01 ofício nº 28/96; pelo Vereador Luiz Braz, 01 Pedido de Informações nº
133/96 (Processo nº 2795/96); pelo Vereador Luiz Negrinho, 01 Indicação nº
91/96 (Processo nº 2812/96); pelo Vereador Raul Carrion, 01 Susbtitutivo ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 156/96 (Processo nº 2531/96); pelo Senhor
Prefeito Municipal, 01 Mensagem
Retificativa ao Projeto de Lei do Executivo nº 54/96 (Processo nº 2498/96);
pelo Vereador Wilton Araújo 01 Emenda nº 01 ao Projeto de lei do Legislativo nº
139/94 (Processo nº 2351/94). DO EXPEDIENTE constaram: Ofícios nº 461, 462,
467, 468 e 469/96, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre nº 1875/96, do
Deputado Federal Mendes Ribeiro Filho, Chefe da Casa Civil do Estado/RS.
Telegrama: do Senhor Quintiliano Machado Vieira, Deputado do Estado/RS.
Cartões: do Senhor Carlos Appel, Senhor da Cultura do Estado/RS; do Senhor José
Eurico de Andrade Neves Pinto, Comandante do Colégio Militar de Porto Alegre e
do Senhor Antônio Soares de Barros Netto. Fax: do Senhor Ajax Andrade,
Secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado/RS e da Senhora Vera Regina
Loureiro Winter, Procuradora do Ministério Público do Trabalho do Estado/RS. Em
continuidade, o Senhor Presidente deu posse ao Suplente Ezony Villarinho, em
virtude da licença para tratar de interesses particulares do Vereador Reginaldo
Pujol do dia onze ao quatorze, aprovada na Sessão Ordinária do dia oito de
novembro do corrente ano e determinou que Sua Excelência preste juramento,
informando ainda que integrará a Comissão de Constituição e Justiça. A seguir,
nos termos do artigo 12, alínea “a”, § 7º do Regimento, o Senhor Presidente
concedeu a palavra ao Vereador Ezony Villarinho, que discorreu a respeito da
importância de assumir o mandato de Vereador, ainda que por um curto período de
tempo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, O Vereador João Dib criticou a atitude do
Executivo Municipal, que tem deixado sem resposta vários Pedidos de Informações
feitos pelos Vereadores desta Casa. O Vereador
Nereu D’Ávila teceu considerações a respeito da falta de respostas, por
parte do Executivo Municipal de vários Pedidos de Informações enviados pelos
Vereadores, gerando por parte desta Casa uma advertência ao Poder Executivo. Em
continuidade, O Senhor Presidente apregoou
Licença para Tratamento de Saúde do Vereador Décio Schauren, no dia de
hoje, dando posse ao Suplente Gérson
Almeida, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação,
Cultura e Esportes. A seguir, o Senhor Presidente apregoou Licença para
Tratamento de Saúde do Vereador Giovani Gregol, no dia de hoje, dando posse ao
Suplente Darci Campani, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de
Defesa do Consumidor e Direitos Humanos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
Raul Carrion teceu considerações a respeito do problema dos moradores do Parque
dos Maias, manifestando-se contrário à atitude do Executivo Municipal de não
responder aos Pedidos de Informações dos Vereadores desta Casa. O Vereador
Henrique Fontana afirmou serem exageradas as críticas recíprocas feitas pelo
Executivo e Legislativo Municipais, no que tange à inobservância dos prazos
para o envio das respostas aos Pedidos de Informações feitos pelos Vereadores.
Em COMUNICAÇÃO DE PRESIDENTE, o Vereador Isaac Ainhorn teceu considerações
sobre a advertência feita por este Legislativo ao Senhor Prefeito Municipal, a
respeito do atraso no envio das respostas aos Pedidos de Informações dos Vereadores
desta Casa. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Airto Ferronato comentou o
Parecer da Comissão de Constituição e Justiça a respeito dos Pedidos de
Informações não respondidos pelo Executivo Municipal. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 151/96,
discutido pelos Vereadores Artur Zanella e Airto Ferronato: o Projeto de Lei do
Legislativo nº 139/96; os Projetos de Lei do Executivo nºs 63 e 64/96, ambos
discutidos pelo Vereador João Dib; o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Resolução
nº 44/95; o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 150/93; o
Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 103/96 e o Projeto de Lei do Legislativo nº 155/96, discutido
pelo Vereador Edi Morelli; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº
160/96 e o Projeto de Lei do Executivo nº 62/96; em 3ª Sessão, o Projeto de
Emenda à Lei Orgânica nº 04/96. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a
presença do Senhor Hélio Espanhol, Vereador eleito pelo Município de Erexim. A
seguir, constatada a existência de “quórum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em
continuidade, foi aprovado Requerimento do Vereador Elói Guimarães, adendado
pelos Vereadores Jocelin Azambuja e Clovis Ilgenfritz, solicitando a inversão na
ordem de votação dos Projetos constantes desta Ordem do Dia. Em Discussão Geral
e Votação, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Artur Zanella,
Jocelin Azambuja, José Valdir, Airto Ferronato e João Dib, foi aprovado, em
votação nominal solicitada pelo Vereador Jocelin Azambuja, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 33/96, por vinte e sete votos SIM e um voto NÃO, tendo votado
Sim os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clovis
Ilgenfritz, Dilamar machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia,
Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib,
João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz
Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila,
Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Wilton Araújo e Letícia Arruda e
Não o Vereador José Valdir. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Lei do Executivo nº 35/96,
em votação nominal solicitada pelo Vereador Raul Carrion, por treze votos SIM,
oito votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os Vereadores Airto
Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Dilamar
Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa,
Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João
Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho,
Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum,
Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Wilton Araújo e Letícia Arruda, Não os
Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clovis
Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia,
Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João
Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz,
Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila,
Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Wilton Araújo e Letícia Arruda e
optando pela Abstenção os Vereadores Clovis Ilgenfritz, Guilherme Barbosa,
Henrique Fontana e Pedro Américo Leal. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o projeto de Lei do Legislativo n° 111/96. Em Discussão Geral e
Votação, após ser discutido pelos Vereadores Artur Zanella, Isaac Ainhorn,
Dilamar Machado e Raul Carrion, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 113/96. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 114/96. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
118/96. A seguir, foi aprovado Requerimento do Vereador Milton Zuanazzi,
solicitando a dispensa do envio às Comissões da Emenda nº 01 ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 125/96. Em Discussão geral e Votação, após ser discutido pelo
Vereador Milton Zuanazzi, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
125/96, bem como a Emenda nº 01 a ele aposta. Em Discussão geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de lei do Legislativo nº 137/96. Em discussão Geral e
Votação Nominal foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 150/96, por
vinte e seis votos SIM, tendo votado os Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói
Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana,
Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir,
Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton
Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Wilton
Araújo e Letícia Arruda. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto
de resolução nº 22/96. na ocasião, o
Senhor Presidente apregoou Ofício nº 28/96, do Presidente da Comissão de
Economia, Finanças e Orçamento, Vereador Luiz Braz. Em continuidade, o Senhor
Presidente deferiu de plano Requerimento verbal do Vereador João Verle,
solicitando cópia do Ofício nº 28/96, da Comissão de Economia, Finanças e
orçamento. Em Discussão Geral e Votação, após ser discutido pelos Vereadores
Luiz Braz, Artur Zanella, Clovis
Ilgenfritz, Airto Ferronato e João Dib, foi aprovado, por vinte e cinco votos
SIM e uma ABSTENÇÃO, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 02/96,
votando Sim os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella,
Clovis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando
Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João
Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann,
Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário,
Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal,
Raul Carrion, Wilton Araújo e Letícia Arruda e optando pela abstenção o
Vereador Edi Morelli. Em continuidade, o Senhor Presidente apregoou a Emenda nº
01 ao Substitutivo nº 02 do Projeto de Lei do Legislativo nº 139/94. A seguir,
foi aprovado Requerimento do Vereador Henrique Fontana, solicitando seja adiada
a votação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 06/96. Os trabalhos
foram regimentalmente suspensos ás dezessete horas e quarenta minutos, sendo
retomados ás dezessete horas e quarenta e sete minutos. A seguir, foi aprovada
a prorrogação da presente Sessão por duas horas. Em Discussão Geral e Votação,
esteve o Projeto de lei Complementar do Executivo nº 08/96 que, após ser
discutido pelos Vereadores Artur Zanella, Jocelin Azambuja, João Dib, Nereu
D’Ávila e Raul Carrion, teve a sua discussão adiada por duas Sessões, a requerimento do Vereador Nereu
D’Ávila. A seguir, por solicitação do Vereador Guilherme Barbosa, foi feita
renovação de votação do Requerimento de adiamento, que foi aprovado por treze
votos SIM, dois votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, votando Sim os Vereadores Airto
Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Dilamar
Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa,
Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João
Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho,
Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum,
Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Wilton Araújo e Letícia Arruda, Não os
Vereadores Airto Ferronato e Guilherme Barbosa e optando pela Abstenção o
Vereador Pedro Américo Leal. A seguir, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores
Artur Zanella e Henrique Fontana, foi aprovado Requerimento do Vereador
Henrique Fontana, solicitando inversão na ordem dos trabalhos da presente
Sessão, em votação nominal solicitada pelo Vereador Artur Zanella, obtendo
dezessete votos SIM, tendo votado os Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói
Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana,
Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir,
Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton
Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Wilton
Araújo e Letícia Arruda. Em continuidade, após ser encaminhado à votação pelos
Vereadores Jocelin Azambuja, Airto Ferronato, Elói Guimarães, Raul Carrion e
João Dib, foi rejeitado Requerimento do Vereador Dilamar Machado, solicitando
seja renovada a votação do Projeto de Lei do Executivo nº 60/96, por três votos
SIM e dezesseis votos NÃO, votando Sim os Vereadores Artur Zanella, Jocelin
Azambuja e Mário Fraga e Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt,
Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães,
Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac
Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro
Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton
Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Wilton
Araújo e Letícia Arruda, com Declaração de Voto do Vereador Artur Zanella. A
seguir, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Jocelin Azambuja, João
Dib e Lauro Hagemann, foi colocado em votação Requerimento do Vereador Lauro Hagemann,
solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei do Legislativo nº 35/95,
obtendo oito votos SIM, votando os Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói
Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana,
Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir,
Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton
Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Wilton
Araújo e Letícia Arruda, votação esta que foi declarada nula pelo Senhor
Presidente, face à inexistência de “quórum”. Às dezenove horas e vinte e cinco
minutos, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os
Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Edi
Morelli e Fernando Záchia e secretariados pelos Vereadores Fernando Záchia,
Artur Zanella, Elói Guimarães, Luiz Braz e Raul Carrion, estes quatro últimos
como Secretários “ad hoc”. Do que eu, Fernando Záchia, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e
aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
ERRATA
ATA DA NONAGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA - EM 11.11.1996
- Durante a
Ordem do Dia, após o registro da Votação do Projeto de Lei do Legislativo nº
33/96, inclua-se: “(...) Na ocasião, o Vereador Milton Zuanazzi, através de
Questão de Ordem, apresentou justificativa da sua ausência nas Décima Segunda e
Décima Terceira Sessões Extraordinárias, realizadas dia oito de setembro do
corrente, e o Vereador Jocelin Azambuja, através de Questão de Ordem, formulou
questionamento acerca das faltas de Sua Excelência em Sessões Extraordinárias
realizadas na Casa, tendo o Vereador Artur Zanella manifestando-se a respeito.
Também, face à Questão de Ordem do Vereador Artur Zanella, o Senhor Presidente
solicitou providências da Diretoria Legislativa para que seja adendado ao Processo nº 1387/92 que a diligência
constante deste processo data do ano de origem do mesmo e não de vinte e oito de
fevereiro do corrente, como ora consta, sendo esta a data de reiteração do
pedido anteriormente feito (...)”.
- Durante a
Ordem do Dia, no referente ao registro da votação do Projeto de Lei do
Legislativo nº 33/96, a relação correta dos Vereadores que votaram SIM é a
seguinte: “ Airto Ferronato, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Dilamar Machado,
Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá,
Henrique Fontana, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, Lauro
Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum,
Pedro Américo leal, Raul Carrion, Wilton Araújo, Letícia Arruda, Gerson
Almeida, Darci Campani e Ezony Villarinho”.
- Durante a
Ordem do Dia, no referente ao registro da votação do Projeto de Lei do
Legislativo nº 150/96, a relação correta dos Vereadores que votaram SIM é a
seguinte: “Airton Ferronato, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Edi Morelli,
Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac
Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro
Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo
Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Letícia Arruda, Darci Campani, Ezony
Villarinho e Gerson Almeida”.
- Durante a
Ordem do Dia, no referente ao registro da votação do projeto de lei
Complementar do Executivo nº 02/96, a relação correta dos Vereadores que
votaram SIM é a seguinte: “Airto Ferronato, Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz,
Elói Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique
Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja,
José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Nereu D’Ávila, Paulo
Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Letícia Arruda, Darci Campani, Ezony
Villarinho e Gerson Almeida”.
- Durante a
Ordem do Dia, nos registros referentes ao Projeto de lei Complementar do
Legislativo nº 06/96, onde se lê “(...) A seguir, foi aprovado Requerimento do
Vereador Henrique Fontana, solicitando seja adiada a votação do Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 06/96 (...)”, leia-se “(...) A seguir, foi
aprovado Requerimento do Vereador Henrique Fontana, solicitando seja adiada por
uma Sessão a votação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
06/96(...)”.
- Durante a
Ordem do Dia, quando dos registros à prorrogação dos trabalhos, onde se lê
“(...) A seguir, foi aprovada a prorrogação da presente Sessão por duas horas
(...)”, leia-se “(...) A seguir, foi aprovada a prorrogação da presente Sessão
por duas horas, por quatorze votos SIM e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Isaac Ainhorn, tendo votado Sim os Vereadores Airto
Ferronato, Clovis Ilgenfritz, Elói Guimarães, Guilherme Babosa, Helena Bonumá,
Henrique Fontana, João Motta, José Valdir, Maria do Rosário, Nereu D’Ávila,
Raul Carrion, Gerson Almeida, Darci Campani e Ezony Villarinho e optado pela
Abstenção os Vereadores Edi Morelli e Pedro Américo Leal(...)”.
- Durante a
Ordem do Dia, quando do registro referente à apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo
nº 08/96, onde se lê “(...) após ser discutido
pelos Vereadores Artur Zanella, Jocelin Azambuja, João Dib, Nereu
D’Ávila e Raul Carrion(...)”, leia-se “(...) após ser discutido pelos Vereadores
Artur Zanella, Jocelin Azambuja, João Dib, Airto Ferronato, Nereu D’Ávila e
Raul Carrion(...)”.
- Durante a
Ordem do Dia, quando dos registros referentes ao Requerimento do Vereador Nereu
D’Ávila, de adiamento da discussão do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 08/96, onde se lê “(...) A
seguir, por solicitação do Vereador Guilherme Barbosa, foi feita renovação de
votação do Requerimento de adiamento(...)”, leia-se “A seguir, por solicitação
do Vereador Guilherme Barbosa, foi efetuada verificação de votação deste
Requerimento de adiamento(...)”.
- Durante a
Ordem do Dia, quando do registro referente à votação do Requerimento do
Vereador Henrique Fontana, de inversão da ordem dos trabalhos, a relação
correta dos Vereadores que votaram SIM é a seguinte: “Airto Ferronato, Clovis
Ilgenfritz, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana,
João Dib, João Motta, João Verle, José Valdir, Lauro Hagemann, Maria do
Rosário, Mário Fraga, Raul Carrion, Darci Campani, Ezony Villarinho e Gerson
Almeida”.
- Durante a
Ordem do Dia, quando do registro referente á votação do Requerimento de
retirada de tramitação do Projeto de Lei do Legislativo nº 35/95, a relação
correta dos Vereadores que votaram SIM é a seguinte: “Artur Zanella, Helena
Bonumá, João Dib, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Darci Campani
e Ezony Villarinho”.
O PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn): O
Ver. Dilamar Machado está com a palavra para uma Questão de Ordem.
O SR. DILAMAR MACHADO
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, o Diário Oficial do Município, desta data, 11 de
novembro de 1996, publica a Lei 7889 que autoriza abertura de crédito
suplementar para o DMLU, no valor de R$ 4.565.000,00 (Lê.) “ O Prefeito
Municipal de Porto Alegre faz saber que a Câmara Municipal aprovou e eu
sanciono a presente lei. Assina o Prefeito Tarso Genro.”
Em Questão de ordem encaminho a V.Exa. a seguinte indagação: para que
esta matéria tenha sido publicada no Diário Oficial do Município, necessário
seria o encaminhamento oficial e formal do resultado da votação com a Redação Final,
com a assinatura do Presidente da Câmara e com a reunião da respectiva Comissão
Técnica que elaborasse e aprovasse a Redação Final.
Pergunto a V.Exa. se ocorreram
esses fatos que autorizavam a publicação; caso contrário, quais as providências
que este Legislativo pode e deve tomar para anular essa publicação no Diário
Oficial, tendo em vista o pedido de renovação de votação já encaminhado a
V.Exa.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa registra o
recebimento nesta Sessão do Requerimento de V.Exa. solicitando renovação de
votação do PLE 60/96. Assim, consoante cópia das notas taquigráficas referentes
a sua intervenção em Questão de Ordem ouvirá a Procuradoria da casa para lhe
responder.
O SR. ARTUR ZANELLA (Questão
de Ordem):
Sr. Presidente, já foi votada no dia 08/11, a licença do Ver. Reginaldo Pujol.
Então, gostaria de lembrar que o Suplente já se encontra na ante-sala.
O SR. PRESIDENTE: Vereador, estava aguardando
para responder a Questão de Ordem formulada pelo Ver. Dilamar Machado para dar
seguimento ao ato de posse do Suplente de Vereador, pela bancada do PFL, Sr.
Ezony Jardim Villarinho, uma vez que temos uma carta firmada pelo primeiro e
segundo Suplentes, Srs. Carlos Machado e Antonio Carlos Pereira de Souza,
informando a impossibilidade de assumirem a Câmara de Vereadores nesse período.
Informamos, também, que o Requerimento de Licença para Tratamento de Interesse
Particular do Ver. Reginaldo Pujol já foi objeto de votação, tendo sido
aprovado. Convidamos os Vereadores Artur Zanella, Dilamar Machado e Clovis
Ilgenfritz para que conduzam ao Plenário o Suplente Ezony Villarinho para tomar
posse.
Convido o Suplente Ezony Villarinho para que neste momento entreguem
seu diploma e a declaração de seus bens.
(É feita a entrega.)
Convidamos o Plenário e a assistência para que de pé ouçam o
compromisso que o Suplente Ezony Villarinho prestará a partir desse momento, na
forma do art. 12, letra “a” do Regimento.
(Lê o compromisso.)
Declaro-o empossado, já que acaba de prestar o compromisso legal.
Convido V.Exa. a ocupar o assento na sua Bancada e solicito que nos
indique o seu nome Parlamentar. Nós damos conhecimento à Taquigrafia, à
Diretoria Legislativa, aos Senhores Vereadores e aos demais setores da Casa que
Sua Excelência vai usar o nome Parlamentar de Ezony Villarinho. Eu informo que
V.Exa. integrará a Comissão de Constituição e Justiça, vaga integrada pelo Ver.
Reginaldo Pujol. Na forma regimental, conferimos a V.Exa. o tempo de cinco
minutos para que possa se manifestar da tribuna desta Casa, por ocasião de sua
investidura formal. O Ver. Ezony Villarinho está com a palavra.
O SR. EZONY VILLARINHO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, é com imenso prazer que assumo hoje esta Cadeira, na ausência do
Ver. Reginaldo Pujol. Vejo, há muitos anos, e acompanho desde os tempos de
estudante o trabalho desta Casa Legislativa que é um orgulho para o Rio Grande
do Sul e para o nosso país. Este Poder Legislativo é muito daqueles que
concorreram, 64% desta Casa foi reeleita, tirando-se aí o fato de que vários
companheiros Vereadores não concorreram ou concorreram a outros cargos. Isso
prova que o maior IBOPE que existe é aquele em que o povo coloca o seu voto na
urna e esse voto foi colocado no momento em que 64% desta Casa é homenageada
com o seu retorno a esta Câmara. Espero que neste pequeno espaço de tempo que
vou estar aqui representando os eleitores que em mim confiaram para assumir,
como Suplente, o mandato do Ver. Reginaldo Pujol, meu caro amigo. Espero que
todos entendam a minha falta de experiência. Tenho certeza que com vocês eu
levarei experiência para a minha vida, para o retorno da minha família, e dizer
que tive a felicidade de estar na presença dos Senhores.
Na quarta-feira, espero apresentar algumas proposições a esta Câmara, e
junto dessas, que serão simples, mas é o que entendo que as pessoas que, na
época, deram-me os seus votos, esperam de mim. Num pequeno mandato de alguns
dias, espero responder às expectativas da comunidade de Porto Alegre.
O meu objetivo maior aqui é saudar o Sr. Presidente, a Mesa e todos os
Vereadores por ter o prazer de estar aqui na companhia de vocês. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa, em nome da Casa,
saúda a presença do Ver. Ezony Villarinho a quem mais uma vez cumprimenta,
desejando que neste período em que ele se encontrar aqui, que desempenhe, como
com certeza ocorrerá, com a responsabilidade que lhe é peculiar, o exercício do
seu mandato de Vereador. O Ver. João Dib está com a palavra em Comunicação de
Líder.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, dizia hoje pela manhã, na reunião da Mesa com as Lideranças, que
jamais sou inimigo, mas posso ser e sou um adversário duro, duríssimo, às
vezes, mas sempre leal, como tem o meu amigo, no nome, Pedro Américo Leal, e,
para invejá-lo, coloco leal nas minhas qualidades de adversário.
Os grandes podem cometer um papelão, a canalha comete um papelucho, e o
mestre, Prefeito desta Cidade, fez um papelucho quando agrediu
desnecessariamente esta Casa. Ele tinha muito mais do que fazer que agredir a Casa,
a cada 6 dias de trabalho o Prefeito desta Cidade viajou um, eventualmente com
interesse em solução de problemas desta Cidade, mas a maior parte das vezes
viajou sem que a Cidade ganhasse qualquer coisa.
Esta Casa tem sido agredida com toda tranqüilidade pelo Prefeito
Municipal. Eu dizia, na quarta-feira, quando votamos, por unanimidade, com
exceção do Ver. João Verle, que o Prefeito que iria ser advertido, ele
representava o Poder Executivo com menos de 50% de votos da população, e esta
Casa representava a população com a totalidade dos votos, não houve nenhum voto
dado a Vereador que não seja somado para nós. O povo de Porto Alegre colocou
todos os seus votos em cima dos
Vereadores, portanto somos um poder igual, ou maior que o dele, apenas somos um
pouco mais educados. Na sexta-feira, à noite, quando o meu amigo César Alvares,
que se intitula assim porque assim a Prefeitura achou para não haver confusões,
o “Prefeito Interino”, esta figura não existe, dizia que somente 6 Pedidos de
Informações estavam atrasados, não
precisava ser feita uma celeuma pela Câmara, não eram só 6, mas ele disse que
de 137 somente 6 estavam atrasados.
Hoje pela manhã vimos que tem
24 Pedidos de Informações, que estavam atrasados. Na sexta-feira, mostrando a
cordialidade desta Casa para com o
Prefeito, nos reunimos, extraordinariamente, às 19h e 30min, fizemos tempo para
que a Bancada do Prefeito votasse as suplementações. Tomei conhecimento que um
pedido de Renovação de Votação foi solicitado e até pedi que o pedido fosse
retirado, porque o Prefeito tem que cumprir a Lei Orgânica. No dia 27 de
dezembro de 91 esta Casa deixa passar com toda a tranqüilidade uma agressão à
Lei Orgânica e à própria Casa. O Prefeito de então e seu Vice-Prefeito, que hoje é Prefeito, editaram uma lei que
até hoje não chegou lá a Redação Final aprovada. A única comunicação assinada,
chegada e assinada pelo Ver. Antonio Hohlfeldt, então Presidente da Casa, é que
estava encaminhando a Redação Final, sem a aprovação da Comissão de Justiça. E
se não houve a aprovação da Comissão de Justiça, não houve lei. Essa é que é a
verdade.
Agora, estou informado e vou fazer um Pedido de Informação ao Prefeito
e ao Presidente da casa, de como saíram essas duas leis daqui que foram votadas
no apagar das luzes na sexta-feira aqui, e que nos levou a fazer discursos
prolongados, a recitar poesias como eu fiz, para que desse tempo para votarmos
as duas leis. E parece-me, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que não teve a
redação Final aprovada. Não foi comunicado ao Prefeito, por ofício. O
Presidente da Casa informava hoje pela manhã, na presença das Lideranças e da
mesa que não saiu esse ofício daqui. O Prefeito vai explicar como ele fez esse
papelucho. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando
Záchia): O
Ver. Nereu D’Ávila está com a palavra em tempo de Liderança.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Repito e venho sempre
referindo que a população de Porto Alegre não tem do que se envergonhar em
relação a sua Câmara de Vereadores: vive modestamente. O Ver. Pedro Américo
Leal, ex-Deputado, como tantos outros que já passaram ou ainda estão conosco,
referia-se, outro dia, à pobreza franciscana desta Casa. Nas Comissões sequer
há uma tribuna contínua, enfim, uma apresentação material que até faça jus à
Cidade de Porto Alegre, que afinal é a Capital do Rio Grande, uma Bancada,
disse mais precisamente, o Vereador, está sendo providenciada. O Vereador vem
defendendo e proclamando que esta casa vive modestamente em relação à
importância da Cidade de Porto Alegre. Mas não é esta a questão material que
está em jogo, a questão fundamental é que esta Casa tem se pautado, ao longo do
tempo, dando exemplos a outros Parlamentos, como é o caso do não-pagamento de
Sessões Extraordinárias para servir de exemplo. Então, esta Casa vem cada vez
mais dando exemplos, esta Sessão Extraordinária de sexta-feira, foi outro
exemplo da boa vontade da Casa em relação aos projetos do Executivo que, às
vezes, até são atropelados aqui. Porém, a Casa reuniu-se sexta-feira, ás
19h30min, para votar o interesse do Executivo que, claro, ele diz que é o
interesse da Cidade. Então, o que eu refiro é que esta Casa pauta-se sempre
pelo caminho largo da transparência e da moralidade. Sem um motivo plausível,
há atrasos inexplicáveis de resposta a Pedidos de Providência e de Pedidos de
Informação, cujo prazo é de 30 dias, prorrogáveis por mais 15, ou seja, 45 dias
e nós sabemos que há três pedidos que há um ano não são respondidos. Um deles é
inclusive do PT, da Vereadora Maria do Rosário. Então o que a Casa fez foi
apenas chamar a atenção, acender uma luz vermelha, pois o Poder Executivo vem
relaxando no cumprimento daquilo que é Lei, a Lei Orgânica é que estabelece os
30 dias, prorrogáveis por mais 15. Aí, então, dentro da tramitação
absolutamente tranqüila da Casa, a Comissão de Justiça, pelo seu Presidente, dá
o parecer onde aceita a ponderação desses atrasos intermitentes e a Casa vota
uma simples advertência ao Poder Executivo, que tem a conotação de dizer:
“Olha, o Poder Legislativo deve ser respeitado e o Executivo deve respeitar a
Lei Orgânica também”. Pois bem, foi o que bastou para que o Prefeito agredisse
a Casa e a autonomia do Legislativo, dizendo que a Casa fez um papelão. Então,
nós consideramos que houve uma exacerbação do Prefeito e uma injustiça em
relação ao comportamento que vem tendo
ao longo dos anos com esta Casa. Eles, do Poder Executivo, o Sr. Prefeito deram
uma conotação exacerbada, uma exaltação que significa que Pedido de Informação
com mais de um ano não respondido, esta Casa tem o direito e o dever de cobrar
que isto seja cumprido. É tão simples, existem Assessores, Técnicos em profusão
para este tipo de informação à Casa. O Prefeito foi insensível. E qual foi a
resposta da votação de sexta-feira, aqui, às 19 horas, que eu não vim, porque,
sinceramente, nós falamos muito que sempre votamos os interesses do Executivo,
e quando eles querem, atropelam, passam a tarde nos corredores e fazem os
Vereadores votarem e, aí, na hora de os Vereadores mostrarem isso, nós,
subservientemente, nos reunimos, numa sexta-feira, para fazer a vontade do
Executivo, que diz que esta Casa faz papelão. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Requerimento de autoria do
Ver. Décio Schauren, solicitando licença para tratamento de saúde no dia de
hoje.
(Obs.: Foi apregoado Requerimento de Licença do Ver. Décio Schauren e
empossado o Suplente, conforme consta da Ata.)
Requerimento de autoria do Ver. Guilherme Barbosa, solicitando licença
para tratamento de saúde para o Ver. Giovani Gregol no dia de hoje.
(Obs.: Foi apregoado Requerimento de licença para o Ver. Giovani Gregol
e empossado o Suplente, conforme consta da Ata.)
O SR. PRESIDENTE (Edi
Morelli): O
Ver. Raul Carrion está com a palavra em tempo de Liderança.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente em exercício
Edi Morelli. Srs. Vereadores e demais presentes. Trazem-me aqui, em nome da
Liderança do PC do B, três questões que gostaria de tratar rapidamente. A
primeira, é relatar a esta Casa uma importante reunião que tivemos hoje pela
manhã com a Habitasul, com a presença do Ver. Airto Ferronato - Relator da
Comissão Externa do Parque dos Maias -, o Ver. José Valdir e um assessor do
Ver. Guilherme Barbosa. Junto estavam, o Deputado Vieira da Cunha, a Deputada Jussara
Cony, o representante da UAMPA, o DEMHAB, através dos seus Diretores Vicente
Hauber e Silvino Rech. Foi um contato no sentido de procurarmos uma solução
negociada para o Parque dos Maias, pois a sua população vem sofrendo um
verdadeiro processo de terrorismo, já com três ações da Brigada na área. A
última foi na quinta-feira passada, quando interditaram a escola,
desocupando-a, dizendo que havia ameaça de bomba. Então, existe um clima de
terror. Devo dizer que saí bastante esperançoso desta reunião. A Habitasul
aceitou e demonstrou, inclusive, certo interesse na solução, que, em nossa
viagem a Brasília, negociamos com a Caixa. Qual seja: que a Caixa Econômica
Federal assuma o conjunto residencial Parque dos Maias em troca de parte da
dívida que a Habitasul tem para com ela. Em função disso, acertou-se que a
Habitasul e a Guerino farão uma correspondência comunicando a sua aceitação alternativa e esta Comissão tratará -
em contato com a Caixa Econômica Federal - de agilizar a concretização disso.
Então, é uma notícia importante para esta Casa, que vem acompanhando esse
problema com atenção. A segunda questão que gostaria de tratar aqui, é
referente ao assunto que outras Lideranças já trataram e possivelmente o Ver.
Henrique Fontana irá tratar também; qual seja a resposta descabida do Prefeito
Municipal Tarso Genro a esta Casa dizendo que esta Casa fez um “papelão” por
haver realizado uma crítica a Ele pelo descumprimento da Lei Orgânica. Ou seja,
esta Casa só agiria certo, no entender do Sr. Prefeito, se ajoelhasse e
aceitasse passivamente que o Sr. Prefeito desrespeitasse a Lei Orgânica e os
Srs. Vereadores. Parece-me que esta Casa tem que dar uma resposta altiva a essa
atitude prepotente e arrogante do Sr. Prefeito.
Nós somos um poder, Srs. Vereadores, e neste país o Poder Legislativo
normalmente é desrespeitado pelo Executivo. Existe uma hipertrofia dos
Executivos, e apesar disso os poucos poderes que os Parlamentos possuem não são
respeitados. Quero dizer isso com a autoridade de um partido que na Câmara
Federal vem denunciando a mesma prepotência do Sr. Fernando Henrique Cardoso -
que lá também vem desrespeitando os Pedidos de Informações - apesar da
manifestação de desagrado do nosso nobre Colega Gerson Almeida, cuja Bancada,
em um momento de lucidez e de independência, votou conjuntamente com as demais
Bancadas essa crítica ao Sr. Prefeito. Deve-se dizer que o desrespeito do Sr.
Prefeito à Lei Orgânica é passível de crime de responsabilidade, mas nunca esta
Casa pensou em iniciar um processo de crime de responsabilidade contra o Sr.
Prefeito por desrespeito à Lei Orgânica: e vinte e quatro Pedidos de
Informações sem a resposta no prazo devido, não é algo de menor importância!
Queríamos deixar registrado como fizemos, hoje pela manhã, na reunião
das Lideranças e da Mesa desta Casa - que nós continuamos com a mesma posição que votamos aqui. O Sr.
Prefeito deve mudar a sua atitude e deve respeitar esta Casa! E repudiamos a
manifestação desabrida do Sr. Prefeito pela imprensa, no sentido, de que
fizemos um “papelão”; quem está fazendo um “papelão” é o Sr. Prefeito. Muito
obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Henrique Fontana está
com a palavra em período de Liderança.
O SR. HENRIQUE FONTANA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, tenho acompanhado esse debate que se processa entre o Poder
Executivo e o Poder Legislativo e considero que está havendo exageros de parte
a parte. Conversávamos hoje, na Reunião de Liderança com a Mesa, sobre o rumo
que tomou a advertência feita ao Prefeito, que termina suscitando um
interpretação, junto à sociedade, de que o Prefeito tem proposto, como forma
sistemática de trabalho do Executivo, o desrespeito ao Poder Legislativo. E não
é isso que tem ocorrido ao longo desses quatro anos de mandato. Existe sim um
respeito entre os Poderes, existe sim, Ver. João Dib, o reconhecimento de que
os dois Poderes estão numa mesma estatura e que representam um papel
fundamental e insubstituível na democracia da nossa Cidade. Não há desrespeito
de parte a parte; nem do Legislativo contra o Executivo, nem do Executivo
contra o Legislativo.
É lógico que as interpretações que se deram a partir da votação da
chamada advertência trouxeram novo cenário para esse debate. Eu, por exemplo,
quando votei a favor de advertência, entendia que aquela era uma forma de
reconhecer um erro que o Executivo está cometendo, porque, se a Lei Orgânica
diz que devemos responder um Pedido de Informações - PI - em 30 dias,
prorrogáveis por mais 15, e demoramos três ou quatro meses para respondê-lo, estamos
errando e devemos fazer uma autocrítica desse erro. Agora, o volume que tomou
esse remédio sugerido pela Câmara - talvez nem os Vereadores, mesmo os de
oposição, que o sugeriram e aprovaram, tivessem essa dimensão naquele momento -
, terminou sendo um remédio extremamente exagerado, porque há uma sensação
junto à opinião pública de que o Prefeito é um contumaz desrespeitador da Lei
Orgânica do Município. E isso não pode transitar em julgado, Sras. e Srs.
Vereadores. Aqui sim, chamamos e pedimos o bom senso por parte dos Srs.
Vereadores porque, se há erro do Prefeito e se ele reconhece que o correto é
responder um PI e ou 30 ou 45 dias, é preciso pontuar que atrasos em respostas
de Pedidos de Informação não acontecem só na Câmara de Porto Alegre, acontecem
também em outros legislativos. Nunca se viu um repercussão desse tipo, tentando
chamar o chefe do Poder Executivo de descumpridor da LOM porque atrasa um PI.
Estou esperando, por exemplo, informações, mas deixo uma interrogação: será que
na Assembléia Legislativa não há nenhum PI com resposta atrasada por parte do
Governador do Estado? Não tenho nenhuma resposta, mas tenho a firme impressão
de que deve haver. No entanto não posso dizer aos quatro ventos que o
Governador seja irresponsável com a lei, que seja um descumpridor contumaz da
lei. É esta dosagem que procuramos trazer ao debate. O Prefeito, o nosso
Executivo, o nosso Governo estão reconhecendo
que há um erro quando se atrasa a resposta de um PI, mas também não
podemos permitir que se estabeleça um critério de debate que transforme o
Prefeito num contumaz descumpridor da LOM, não é disso que se trata. Chamo esta
Casa, neste momento para que consigamos manter o equilíbrio que sempre
mantivemos nas relações entre Executivo e Legislativo. Mais uma questão que foi
colocada pelo Ver. Nereu: as suplementações que foram votadas aqui não são de
interesse do PT, são, sim, de interesse da cidade; porque senão os Vereadores
que vieram votar não votariam nisso, os Vereadores que estiveram presentes - e
não estou dizendo que os que não estavam, estivessem ausentes por uma decisão
política, ao contrário, era um horário difícil, muitos poderiam ter agendas
prévias, etc. - os 17 ou 18 que votaram, votaram por que ali estava o interesse
da cidade. Não se trata de fazer um favor ao Prefeito ou de combater o Prefeito quando se avalia uma suplementação
de verba como aquela. Aqui fica num registro, colocado com toda clareza, da
tribuna, partilho este registro com o Presidente, que nós, naquele momento,
estabelecíamos claramente um critério e eu não sei se houve ou não assinatura,
até agora não tenho essa informação, mas o critério estabelecido era claro:
tínhamos pressa, era urgente, emergente; os Vereadores votaram e havia um
acordo tácito de que iria o ofício dizendo que estava aprovado o Projeto, por
isso foi publicado no Diário Oficial, e jamais a publicação no Diário Oficial
seria uma forma de agredir a Câmara. Aí estaremos perdendo a noção das coisas,
estaremos querendo arrumar briga onde não existe. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Isaac Ainhorn está
com a palavra, em tempo de Presidência, nos termos regimentais .
O SR. PRESIDENTE: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, na semana passada, cumprindo decisão soberana deste Plenário, amparados
num Parecer da Comissão de Constituição e Justiça, encaminhamos, ao final da
tarde de sexta-feira, ofício à Prefeitura Municipal de Porto Alegre nos termos
da solicitação do Requerimento e do Parecer, advertindo o Sr. Prefeito em
relação à prática de não responder aos Pedidos de Informações desta Casa.
Queremos, antes de mais nada, deixar claro que, embora não haja uma
previsão legal da figura da advertência, a CCJ, com os votos favoráveis dos
Vereadores do PT no âmbito da Comissão, e aqui, com a ampla maioria dos
Vereadores do PT no âmbito do Plenário, votou favoravelmente à advertência,
como uma medida intermediária, reconhecendo que o Prefeito não tinha respondido
a tempo um Pedido de Informações que ultrapassava os 100 dias.
Era uma manifestação do exercício da representação parlamentar do
legislador, e, num determinado momento, não só do legislador como do
Legislativo.
O que acho que aconteceu - e é uma avaliação de natureza subjetiva
deste Vereador - foi um mau momento na
fórmula, na formulação da resposta dada ao Legislativo Municipal pelo Sr.
Prefeito, inquinando a ela um fato de natureza desrespeitosa, dizendo que esta
Casa, que os Srs. Vereadores teriam feito “um papelão”.
Aí, esta Presidência, com toda a cautela que deve, Verª. Maria do Rosário,
presidir, conduzir a representação desta Casa, sentiu que esta Casa foi
atingida pela expressão usada pelo Sr. Prefeito.
Eu até, Ver. Américo Leal, admitiria que o Sr. Prefeito contestasse ou
dissesse que a Câmara tinha sido injusta com ele, mas não atribuir uma condição
pejorativa à maioria dos legisladores, dizendo que eles teriam feito um
“papelão”. Então esta Casa foi atingida, Vereador Dilamar Machado. Eu, na
condição de Presidente, tomei duas medidas. Em primeiro lugar, entrevistado,
manifestei a minha estranheza e a minha desconformidade com a manifestação do
Sr. Prefeito. Fui duro, sim, e vigoroso como um Vereador que tem uma
representação política de um dos poderes da Cidade e que o faz em nome de um
poder que, historicamente, tem sido fragilizado e respondi ao Sr. Prefeito. E,
ato concomitante, convidei os integrantes da Mesa., mais as Lideranças de todos
os partidos, inclusive, o Partido dos Trabalhadores, para discutirmos as
medidas que se faziam necessárias na defesa da autonomia e independência do
Poder Legislativo. Foi o que fizemos no decorrer da manhã em reunião aqui nesta
Casa.
Acho, e aí transmito, a experiência de outros Vereadores que presidiram
esta Casa, como o Vereador Dilamar Machado, à época do Prefeito Olívio Dutra,
Vereadores Airto Ferronato, Luiz Braz e Wilton Araújo, que no decorrer das
relações com o atual Prefeito Tarso genro, estas foram sempre respeitosas e
extremamente fraternais e amistosas - e sou testemunha do meu período - cada um
colocando e defendendo os seus posicionamentos.
Infelizmente o Sr. Prefeito não recebeu de uma forma democrática a crítica
política que fez esta Casa, através de uma manifestação de advertência. A
proposta nasceu de um Vereador que sempre tem o cuidado de exercer o seu
mandato com serenidade e cautela nesta Casa, que é a história política do Ver.
Airto Ferronato, a quem todos nós temos grande respeito. Essa posição de
sensibilidade foi ratificada por todos os Vereadores da Comissão de Justiça,
inclusive dos Vereadores José Valdir e João Motta, que votaram favoravelmente
ao Parecer do Ver. Airto Ferronato e que, posteriormente, obteve a votação dos
Vereadores do PT aqui neste Plenário. Agora, Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
achamos que a Câmara está agindo dentro das prerrogativas que lhe são
inerentes, sobretudo na defesa dos princípios básicos que devem presidir a ação
deste Legislativo, a sua autonomia, a sua independência e a soberania de suas
deliberações. Não podemos abrir mão destes princípios sob qualquer hipótese.
Fiz questão de reiterar em nome dos Vereadores desta Casa: nós, Vereadores
desta Casa, não nos intimidamos com pressões de qualquer natureza, sobretudo
quando estamos reafirmando os princípios básicos da legalidade, da autonomia do
Poder Legislativo. Acho que com a resposta que esta Casa deve dar ainda no dia
de hoje, através de uma nota oficial, nós temos como encerrado este episódio.
Espero que o Sr. Prefeito tenha a sensibilidade política de dar por encerrado
este fato que acabou de construir, isso sim, uma situação de aprimoramento de
respeito, de responsabilidade das relações entre Poder Legislativo e Poder
Executivo na nossa Cidade. Espero ainda que o Sr. Prefeito dirigencie e agilize
no sentido de promover a resposta aos 24 pedidos de informações que estão
pendentes, sendo que alguns há mais de um ano, como o da Ver. Clênia Maranhão e
o da Ver. Maria do Rosário, o mais antigo, formulado em 8 de agosto de 1995 e o
deste Vereador que agora no mês de dezembro completará um ano. Acho que tem que
responder assim como no episódio da questão da regulamentação de dezenas de leis que não estavam
regulamentadas e tinham sido sancionadas pelo Prefeito Olívio Dutra e o
Prefeito Tarso Genro, finalmente, de forma digna e respeitosa solicitou a esta
Casa um prazo para regulamentar essas leis, que a sensibilidade política desta
Casa imediatamente deferiu. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Airto Ferronato está
com a palavra, em tempo de Liderança.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, eu gostaria de ler o Parecer no Plenário, mas não o tenho aqui. Eu
não estive na Casa na sexta-feira á noite, em razão de compromisso assumido
previamente.
Nestes oito anos de mandato de Vereador acompanhamos com uma freqüência
extraordinária as nossas Moções de Repúdio, que fizemos e apresentamos contra o
Presidente da República, contra ministros e governadores de diferentes
partidos. A maioria dessas moções foi encaminhada pela bancada do PT, com
posições fortes, muitas delas radicais; muitas eu votei favorável, outras não.
Eu também tenho Pedidos de Informações; preciso dessas respostas, no
mínimo, até o final do ano, e até agora não vi retorno. Recebemos um pedido, de
autoria do Ver. João Dib, para que a Comissão se manifestasse a respeito
daquele tema: Pedido de Informações não respondido no prazo. A Comissão de
Justiça adotou o seu papel, andou de acordo com o regimento; não tinha outra
alternativa, senão tomar aquelas posições. Tanto é verdade que os Vereadores do
PT que fazem parte da Comissão votaram favorável, até porque, confesso que
talvez tenha sido o Parecer mais simples que exarei nestes últimos oito anos de
Câmara. Com muito poucas palavras, eu disse que, na verdade, a Lei Orgânica
estabelece prazo de 30 dias, com mais 30 de prorrogação, que já havia um
retorno do processo à Câmara, que, portanto, o objeto já havia sido satisfeito
e que, na verdade, nós estaríamos compreendendo que seria importante chamar,
advertir o Executivo para que não se repetisse esse tipo de ação. O Parecer foi
curto, extremamente simples, mas na minha visão adequado para o caso em tela,
correto, o único cabível. Nós não tínhamos como dizer que este não cumprimento
de prazos poderia passar em julgado. Então, coube a nós propormos iniciativa de
que se fizesse uma advertência ao Executivo. E este meu Parecer foi votado
ontem aqui na Câmara, como disse, era o único caminho que nós poderíamos tomar
na Comissão de Justiça para sermos brandos e apesar disso eu entendo que a dose
Executiva é que foi exagerada. Na verdade, foi esse excesso do Executivo que
levou a esse tipo de ação, porque acredito que aquela preocupação do Ver.
Henrique Fontana da forma como foi levada à opinião pública, eu acho que a
forma como foi publicada a matéria e a resposta do Executivo é que deixou a opinião
pública, talvez contra a posição da Câmara. Na minha visão a posição foi
correta. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Não há mais oradores
inscritos, nesse momento, para uso de Liderança.
PAUTA -
DISCUSSÃO PRELIMINAR
1ª SESSÃO
PROC. 2434/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
151/96, de
autoria do Ver. Artur Zanella, que altera a alíquota de contribuição de ISSQN
para corretores de seguros.
PROC. 2207/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
139/96, de
autoria do Ver. Darci Campani, que dispensa da disciplina de educação física,
ou prática desportiva, os estudantes da rede municipal de ensino que estejam
regularmente matriculados e praticando esportes em entidades credenciadas junto
às Federações de esporte Amador.
PROC. 2777/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
063/96, que
cria cargos na Administração Centralizada do Município, e dá outras
providências. (Monitor)
PROC. 2778/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
064/96, que
cria cargos do Magistério Público Municipal
na Administração centralizada do Município, e dá outras providências.
(Professor)
PROC. 2392/95 - SUBSTITUTIVO Nº 01 ao PROJETO DE
RESOLUÇÃO Nº 044/95, ambos de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que institui o Prêmio
Mérito Sindical, a ser concedido anual e individualmente, e dá outras
providências.
PROC. 2933/93 - SUBSTITUTIVO Nº 01 ao PROJETO DE LEI
DO LEGISLATIVO Nº 150/93, ambos de autoria do Ver. Artur Zanella, que altera a Lei Complementar
nº 043/79, cria a UTSI 64, e dá outras providências. (alteração do limite de
Zona Urbana de Ocupação Intensiva - Plano Diretor)
PROC. 1776/96 - SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria do Ver.
Fernando Záchia, ao PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 103/96, de autoria do Ver. Milton Zuanazzi, que dispõe sobre
o reajuste da tarifa do transporte coletivo e dá outras providências.
PROC. 2513/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
155/96, de
autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que institui a “Semana do Menino Deus” no
Município de Porto Alegre e dá
outras providências .
2ª SESSÃO
PROC. 2690/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
160/96, de
autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que altera a redação dos incisos III e V do
art. 2º da Lei nº 4629, de 23 de novembro de 1979, e dá outras providências.
(preço do quilômetro rodado nos serviços de táxis e táxis-lotação)
PROC. 2728/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
062/96, que
autoriza o Executivo Municipal a abrir créditos suplementares no valor de RS
680.000,00, e dá outras providências. (SGM e SMF)
3ª SESSÃO
PROC. 2575/96 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº
004/96, de
autoria do Ver. Fernando Záchia, que acrescenta o inciso XX ao Art. 94 da Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre, e dá outras providências. (Prazo do
Pedido de Providências)
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn): Com
a palavra o Ver. Artur Zanella, para discutir a Pauta.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, existe um Projeto em pauta de minha autoria que segue o caminho
aberto pelo Ver. Nereu D’Ávila que muito justamente preocupou-se com os
corretores de imóveis. Isso é um assunto que deve ser tratado pelas Prefeituras
e pelo Legislativo na região metropolitana. Existe uma guerra fiscal nesses
Municípios tentando levar de Porto Alegre para esses Municípios da região
metropolitana escritórios, firmas, corretores. Posso dizer, por exemplo, com
toda tranqüilidade, um dos maiores escritórios de contratação de mão-de-obra de
Porto Alegre, que pagava 5% de ISSQN, foi para um balneário do Rio Grande do
Sul onde paga 1/2%. O Proprietário até sugeriu em pagar 1% e o Prefeito achou
que era muito, 1/2% está bom. Os 5 mil funcionários estão registrados no
balneário, os contratos dessa empresa saem por essa cidade e o ISSQN e o ICMS
ficam para a cidade. Então em Porto
Alegre estão sendo esvaziados os serviços, perdemos “leasing” e estamos
perdendo os corretores. E os corretores de seguro é a mesma coisa, pagam 5% de
ISSQN em Porto Alegre e 0,5% ou 1% em Eldorado, Canoas, etc. Então, Sr.
Presidente, ou nós fazemos na região metropolitana uma espécie de normatização ou enfrentamos esta guerra fiscal. O
meu Projeto, então, propõe que essa contribuição do ISSQN de Porto Alegre, que
é 5% - uma das maiores contribuições do país -, passe para 1%, se for pequena
empresa. E o artigo 2º fixa em 2% para as pessoas físicas e jurídicas que
ultrapasse o estabelecido no estatuto da microempresa. Esse é o meu Projeto e
segue o caminho de Projeto semelhante ao do Ver. Nereu D’Ávila, que beneficia
os corretores de imóveis.
O Sr. Clovis Ilgenfritz: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Gostaria de me somar à preocupação do Vereador com
relação ao ISSQN, no que tange a essa diferença que existe entre as cidades e
os estados. Eu preferiria fazer uma frente para que em nível nacional a reforma
tributária considerasse isso e estabelecesse regras, porque essa briga fiscal
que está exigindo só vem a rebaixar as condições de cada município para cumprir
com as suas obrigações. Não é esse o caminho, porque assim como essa categoria
profissional, outras também vão querer e vão ter o mesmo direito. Acho que se
nós pudéssemos modificar em nível nacional, as coisas seriam bem melhores.
O SR. ARTUR ZANELLA: Como não podemos legislar
para todo o país - ultimamente não podemos legislar nem para pedido de
providências perto de Eldorado - assim como já houve casos absurdos que esta
casa se autolimitou, que ao menos tomemos as nossas providências. Há pouco
tempo, o Ver. Pedro Ruas foi o autor do projeto do ISSQN das obras públicas.
Quem leu o Diário Oficial do Município
pôde ver que todos os contratos do município foram reajustados, dando a eles, a
essas empresas de Porto Alegre, um acréscimo equivalente ao ISSQN que ia ser
descontado e muitas dessas empresas - eu já conheço três - instalaram-se aqui
no lado, levando o ISSQN das obras públicas para lá, o ISSQN normal e levando
ainda o ICMS para as cidades vizinhas. Eu não vou dizer quais as cidades,
porque vai identificá-las; tem uma cujo prefeito é do PDT. Mas as empresas
estão sendo procuradas, assim como os corretores de seguros, corretores de
imóveis, também estão sendo procurados. Ao invés de pagar 5%, paga 0,5%. Não há
acordo que faça uma pessoa pagar uma montanha de dinheiro a mais, por
patriotismo ou amor a sua cidade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Edi Morelli está com
a palavra para discutir a Pauta.
O SR. EDI MORELLI: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, Ver. Artur Zanella, V.Exa. tem razão. Em primeiro lugar, quando eu
fiz uma Indicação ao DAER no sentido de que fosse colocada uma placa indicativa
da entrada do Município de Eldorado do Sul, fui crucificado neste Plenário.
Saiu até uma Lei, aprovada pelo Plenário. Por isso, eu digo que fui
crucificado. Nós temos autonomia para legislar para Porto Alegre e não para
fora de Porto Alegre, mas eu não estava legislando para fora, eu estava fazendo
uma Indicação. Então, V.Exa., Ver. Zanella, tem razão. Agora, vão-me condenar
pelo que vou dizer, dando força ao que V.Exa. falou. É o caso do IPVA: muita
gente está pagando em Santa Catarina,
onde sai por menos do que a metade do que se paga aqui no Estado. Se não
baixar, vão perder quase tudo.
Mas, o que me traz à tribuna é a minha preocupação com o Projeto de
autoria do Ver. Jocelin Azambuja, da minha Bancada o PLL nº 155/96, que
institui a Semana do Menino Deus. Ora, nós já tivemos aprovada aqui a Semana da
Restinga. Aliás, só não foi aprovada porque o Ver. Mário Fraga “embananou” a
aprovação. Agora, vem a Semana do Menino Deus. Daqui a pouco, alguém vai querer
instituir a Semana da Lomba do Pinheiro, a Semana da Grande Cruzeiro. E, aí
pergunto, aos Srs. Vereadores desta Casa; o que faz com a Lei que comemora a
Semana de Porto Alegre? Acaba-se com ela? Se cada Vereador achar que deve
instituir a semana do seu bairro, acho que ficará difícil comemorar-se a Semana
de Porto Alegre, que é em março, mas é comemorada em setembro. A tendência é
acabar com a Semana de Porto Alegre se cada bairro tiver a sua semana.
O Sr. Jocelin Azambuja: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Edi Morelli, V.Exa. tem razão, pois o Ver. João
Verle, com tantos projetos importantes na Casa, sempre preocupado e cônscio das
suas responsabilidades, acredito deve morar na Restinga e fez o Projeto para
esse bairro. Como a Casa aprovou o Projeto do Ver. João Verle, eu achei
importante, então, que cada um homenageasse seu bairro. Eu, como moro há 18
anos no menino Deus achei que estava na hora de fazer a homenagem ao Menino
Deus, criando a Semana do Menino Deus, liderada pela Associação do Menino Deus.
O SR. EDI MORELLI: Agradeço a V. Exa. pelo
aparte, e quero dizer que moro na Restinga e não votei favorável. Nasci e me
criei no Menino Deus e se tivesse a chance, e não a terei, de votar neste ano,
votaria contrário, pelos motivos aqui colocados por mim. Se cada Vereador instituir
um Projeto de Lei para comemorar a semana de determinado bairro de Porto
Alegre, a Semana de Porto Alegre perde o efeito e acaba. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Airto Ferronato está
com a palavra.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Hoje eu resolvi colocar algumas posições particulares minhas e vou
falar mais uma vez nesta tarde, agora na Pauta. Nós temos dois processos,
basicamente próximos, um em votação e um em Pauta, que é o Projeto que o Ver.
Artur Zanella veio falar na tarde de hoje. Trata-se da redução da alíquota do
ISSQN para corretores de seguros. Eu vi candidatos Vereadores, alguns até
eleitos, que fizeram propostas de isentar, diminuir impostos, especificamente
ISSQN, para escritórios de contabilidade. E eles me deram na veia, diga-se de
passagem. Só que há muito tenho dito o seguinte: na verdade, fica
extraordinariamente fácil nós apresentarmos projetos para uma área “x”. Por
quê? Porque, na verdade, Porto Alegre precisa promover um estudo comparativo da
carga tributária, ao menos na região da grande Porto Alegre. Se apresentarmos
um projeto de redução de ISSQN só para contadores, deixando todas as outras
áreas, será que é correto? Eu acho que tem que se fazer um estudo para todos as
categorias profissionais. e volto a dizer o que sempre tenho dito; eu acredito
que nós não podemos taxar mais do que a Grande Porto Alegre taxa, porque senão,
nós estamos participando de uma concorrência desleal. Porto Alegre perde
serviços, perde indústrias, perde comércio para a região da Grande Porto
Alegre, porque a alíquota é significativamente mais baixa. Então, eu volto a
dizer que, ao invés de votarmos processos de um a um, como hoje nós vamos
votar, um que diminui a carga tributária de corretores, que se faça um estudo
comparativo e se consiga apresentar um projeto que alcance a maioria dos
contribuintes de Porto Alegre, que se faça uma lei que seja adequada á
realidade. Quer queiramos ou não, não podemos dar benesses a torto e a direito
para ninguém! Todavia, não podemos ter uma alíquota extremamente diferenciada,
aqui, da dos outros municípios, porque, queiramos ou não, estamos perdendo,
principalmente, os maiores estabelecimentos prestadores de serviços, ou seja,
aqueles que mais pagam são os que procuram outras áreas da nossa Grande Porto
Alegre para se estabelecer. Continuam prestando serviços aqui em Porto Alegre e
vão pagar tributos para outros municípios. A minha visão é essa. Vamos fazer
esse estudo comparativo. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, ainda que não conste da Pauta, mas como li o Diário Oficial agora,
quero avisar que vou surpreender o Prefeito novamente. Mas vamos à Pauta que é
o que interessa! E esta vez vou surpreender com muita seriedade, com muito bom
senso, muito equilíbrio, muito número e muita lei.
Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o ilustrado Dr. Tarso Fernando
Genro está encaminhando dois Projetos de lei criando mais cargos na Prefeitura.
A Prefeitura, que diz não poder pagar o salário dos seus servidores com algumas
vantagens que são absolutamente
necessárias, quando os comerciários estão reclamando que têm que ter não
10%, mas sim 17% - é uma diferença muito grande - o Prefeito dá 0,5%, 0,8%! Há
uma Lei denominada Rita Camatta e que estipula que deve ser 60% o gasto com o
funcionalismo. O Prefeito não tem dinheiro para dar para os seus servidores -
aliás, tive uma informação de que ele vai pagar o 13º salário para os
servidores municipais no dia 20/11, tem muito dinheiro em caixa - mas como ele
vai criar mais 28 cargos de Monitor, um Monitor para cada 10 crianças, segundo
a Exposição de Motivos, quando ele não tem dinheiro? Eu não posso entender
quando é que ele vai chegar nos 60%! Onde está a verdade? Quando ele diz que
gasta 63% ou quando ele diz que vai gastar mais para aumentar os 63%?
O Sr. Henrique Fontana: V.Exa. Permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Eu só queria colocar ao Ver. João Dib que, é lógico,
quando o Prefeito coloca as dificuldades financeiras, elas não impedem que as
comunidades continuem se organizando e reivindicando os serviços públicos. E,
aí, há uma busca do equilíbrio de como determinar o destino do orçamento. A
criação desses cargos significa que há uma ampliação de serviços públicos
demandado pela comunidade. É só isso.
O SR. JOÃO DIB: É brilhante o parte no nobre
Ver. Henrique Fontana. Deu luzes nos gastos municipais. Se ele vai atender aos
anseios da comunidade, por que não atende aos anseios dos servidores também? A
comunidade deve e merece ser atendida, sem dúvida nenhuma, até porque paga
imposto, mas há um limite que fixa em 60% os gastos com os municipários a
partir do próximo ano. E o que está fazendo o Prefeito? Está aumentando
despesas; 10 crianças para um Monitor. Por outro lado, ele manda um Projeto de
Lei onde cria 250 cargos de professores. Eu acho que nos próximos dias deve vir
uma comunidade do Orçamento Participativo dizendo que tem que colocar os 250
professores e eu acho que, aí, ele fará uma proposição de redução salarial,
porque não tem como chegar nos 60% e até por que o Ver. Jocelin Azambuja me
informa, freqüentemente, que tem muito professor fora da sala de aula. Eu acho
que era hora de mandar para a sala de aula e até não fazer reuniões, no horário
de expediente, com professores, com candidato a Prefeito. Talvez esteja
preparando para o futuro. Eu acho que a Prefeitura tinha que estudar bem,
porque tem que pegar os seus servidores, e não vai acontecer isso, de forma
nenhuma, fazendo gastos e mais gastos, aumentando o quadro dos servidores do
Município cada vez mais e, além disso, contrata serviços terceirizados. É
difícil, Sr. Presidente e Vereadores! Quando, por exemplo, li que no
Departamento de Limpeza Urbana tinha diminuído o número de servidores, fiquei
impressionado e, aí, eu olhei e vi que tinha crescido mais de 2 mil operários
de mão-de-obra terceirizados. É, realmente, muito difícil chegarmos a um
denominador comum e que nos próximos anos o Municipário consiga ter um ambiente
mais tranqüilo e de mais serenidade. Espero que seja verdadeira essa informação
que chegou com fonte razoavelmente acreditada, de que no dia 20 de novembro o
Prefeito Tarso Genro, á semelhança do que fez o Pref. Olívio Dutra, pague o 13º
salário para os servidores, que deixarão de pagar cheque forte a juros de 9,
10, 12%. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Edi
Morelli): Comunicamos
a presença do Ver. Hélio Espanhol, eleito pelo Município de Erexim, o terceiro
Vereador mais votado. Parabéns!
Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
O SR. ELÓI GUIMARÃES
(Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão na ordem de apreciação dos projetos
da Ordem do Dia. Em primeiro lugar, os logradouros e títulos - fls. 26, 27, 29,
31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 39 (PLL nº 33/96, PLL nº 63/96, PLE nº 35/96, PLL
nº 111/96, PLL nº 113/96, PLL nº 114/96, PLL nº 118/96, PLL nº 125/96, PLL nº
137/96, PLL 150/96, PR nº 22/96) - e, por último, fl. 06 - (PLCL nº 30/95).
O SR. JOCELIN AZAMBUJA
(Requerimento): Peço que seja agregado ao Requerimento do Ver. Elói Guimarães o Projeto
da fl. 11 - PLE nº 28/95, entrando nessa relação dos logradouros.
O SR. PRESIDENTE: Ver. Jocelin Azambuja,
V.Exa. estava dizendo que o Requerimento do Ver. Elói Guimarães coloca, em
primeiro lugar, a votação de nomes de ruas e títulos? V. Exa. está pedindo a
folha 11 que autoriza a alienação de imóveis (PLE nº 28/95).
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sim, Então, nessa mesma
linha, solicitaria ao Ver. Elói Guimarães que retirasse o de folha 27, que não
é nome de logradouro nem título. Eu retiro o da folha 11 e também o de folha
27.
O SR. PRESIDENTE: Então, ficam os de folhas
26, 29, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 39 e o último de folha 06.
O SR. ARTUR ZANELLA (Questão
de Ordem): Sr.
Presidente, queria só reforçar o pedido do Ver. Elói Guimarães e deixar o de
folha 06 por último.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ
(Requerimento): Sr. Presidente, acho que houve um esquecimento Ver. Jocelin Azambuja, colocar antes do 06, depois do 39, o de fl,
09 - PLCE nº 08/96. Não sei se há concordância do Ver. Jocelin.
O SR. PRESIDENTE: Esclareço V. Exa. que o de
nº 09 está na seqüência. V. Exa. requer que o Ver. Elói Guimarães inclua no seu
Requerimento o Processo da fol. 09, que dispõe sobre alteração e criação de
unidades territoriais de planejamento na área urbana e ocupações extensivas ao
Arroio Passo Feijó. Vou repetir ao Plenário: O Requerimento do Ver. Elói
Guimarães - para ganharmos tempo -, será votado, em primeiro lugar, os nomes de
ruas e títulos, para depois entrarmos nos Projetos, onde haverá debates.
Em votação o Requerimento do Ver. Elói Guimarães. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC. 0724/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
033/96, de
autoria do Ver. Airto Ferronato, que denomina Travessa Coronel Hélio Bezerra um
logradouro irregular no Bairro Cel. Aparício Borges.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. José Valdir: pela
rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Décio Schauren: pela
aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em
discussão o PLL nº 033/96. (Pausa.) Em votação. O Ver. Artur Zanella está com a
palavra para encaminhar.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, a rapidez do nosso Presidente destoa, às vezes, da lentidão de
outros, por que me inscrevi para discutir, mas não fui visto pelo Presidente.
Eu quero discutir, Sr. Presidente, porque o Ver. José Valdir, que era o Relator
da Comissão de Constituição e Justiça, deu Parecer pela rejeição do Projeto. O
Ver. José Valdir deveria discutir, porque é difícil voto ar um projeto de rua, de homenagem a uma
pessoa com um Parecer de rejeição. Estou vendo, agora, que o Ver. José Valdir
diz que o abaixo-assinado não preenche os requisitos legais, eis que a quase
totalidade das assinaturas não contém qualquer elemento de identificação. Acho
que tem que haver um pouco de bom senso nesta Casa. Já peguei Projeto de
Vereador da Bancada do PT, que eu não quis trazer o problema aqui, mas o
Requerimento não pedia o nome da rua, pedia para o Vereador dar um nome, porque aí ganharia uma infra-estrutura
e benefícios para a rua, que iria receber calçamento, luz e etc... Eu nunca
levantei isso, porque sempre se imagina que houve uma pressa, aquela coisa
toda. Agora me informam que o abaixo-assinado preciso, da legislação
pertinente, deve estar devidamente identificado, eis que a quase totalidade das
assinaturas não contém qualquer elemento mais claro de identificação.
Sr. Presidente, estou descobrindo agora que o autor é o Ver. Airto
Ferronato. Diz o Ver. José Valdir em que Parecer recente: “com base em análises
e parecer da ATP, em que buscava elucidação sobre a validade ou não do
abaixo-assinado, - Projeto este do Ver. Mário Fraga, - opinamos que o
abaixo-assinado preciso, nos termos da Legislação pertinente, está devidamente
identificado.”
Eu vou dizer o seguinte, Sr. Presidente: se vem um Projeto, aqui,
assinado pelo Ver. Mário Fraga, dizendo que merece aquela pessoa receber uma
certa homenagem; se vem um Projeto assinado pelo Ver. Airto Ferronato dizendo
que a pessoa merece, e traz a assinatura de uma pessoa, eu voto a favor, porque
Vereador desta Casa tem a legitimidade de voto, a legitimidade pessoal, e o
Ver. Airto Ferronato, tenho certeza, não usaria de nenhum não ético ou não
lícito para a aprovação do Parecer do Ver. José Valdir, rejeitando o Projeto.
Eu gostaria, com aqueles que me acompanharem na Bancada do PDT, de votar a
favor, levando, mais do que as assinaturas que aparecem neste Projeto, o nome
do Ver. Airto Ferronato, ex-Presidente desta Casa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR PRESIDENTE: O Ver. Jocelin Azambuja está
com a palavra.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, há poucos dias, Ver. Artur Zanella, eu tinha dois Projetos de
denominação das ruas e o Ver. José Valdir também deu um Parecer dizendo,
inclusive, que as pessoas estavam assinando duas vezes a lista, colocando, até,
em dúvida idoneidade das pessoas que
assinavam o abaixo-assinado. Só que ele não sabia, pois deveria procurar se
informar primeiro para, depois, levantar dúvidas sobre a honorabilidade de
alguém, que a pessoa tinha a sua residência numa rua e uma casa comercial na
outra. Então, ela assinou na sua rua como morador e na outra rua como dono do
estabelecimento comercial. Estamos chegando a minúcias nos pareceres sobre
Projetos de ruas que, lamentavelmente, não nos levam a lugar nenhum, até
colocar em risco a moralidade das pessoas que assinam um abaixo-assinado. Isso
não é positivo para a Câmara de Vereadores. Somo-me a essa preocupação. De
repente, um Vereador apresenta um projeto, junta um abaixo-assinado, e o Ver.
quer dizer que tem poucas assinaturas: o outro vem dizer que um fulano assinou
errado. Isso é muito desagradável. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. José Valdir está com
a palavra.
O SR. JOSÉ VALDIR: Senhor Presidente e Srs.
Vereadores. Toda a vez que aparecer um abaixo-assinado desse tipo, que não se
junte o abaixo-assinado. Quatorze assinaturas sem endereço, com nomes que
visivelmente dá para ver o que foi a mesma pessoa: João Carlos Araújo, Regina
Araújo... Para que não abaixo-assinado. Há alguns que tiveram problemas sérios,
e por coerência damos Parecer contrário àquele, e estamos dando parecer
contrário a este. Acho que esta Casa tem que ser mais séria nos detalhes.
Aliás, para algumas coisas, os detalhes são extremamente importantes. Para
algumas coisas esta Câmara chega descer a firulas. Para outras, o detalhe é
insignificante, como disse o Ver. Jocelin Azambuja e os demais. Temos que nos
entender. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Airto Ferronato está
com a palavra.
O SR. AIRTO FERRONATO: O Senhor Presidente e Srs.
Vereadores, efetivamente, não tenho convivido com um ano muito bom, tenho tido
alguns problemas.
Recebi um abaixo-assinado de um senhor que eu não conhecia, Presidente
de uma associação. Está aqui o logotipo da associação, o endereço da
Associação, que foi fundada em 82, registrada no cartório sob nº 4993.
Associação está declarada de utilidade
pública e assim por diante. Em 1995 recebemos este pedido para que se desse
o nome de uma rua na atual Travessa “J”.
A partir desse documento encaminhei um pedido para que se desse nome de
rua. O Ver. José Valdir, à época, alegava que o documento em que há o
abaixo-assinado estava com problemas, que não havia indicação, porque temos:
João Carlos Araújo, Cristiane Araújo, Regina de Oliveira fraga, Antonio Eugênio
Velhinho, Marina Bezerra - esposa do homenageado -, Anair Soares, Sandra, Vera
Maria Lima... porque não havia
identificação, devolvemos o processo ao Presidente e ele juntou mais
algumas autorizações às mesmas; algumas assinaturas, inclusive, de gente que
não mora na rua. Mas juntou também Juraci Bezerra, da Travessa J; Eloísa, que é
a esposa; Marcelo Vieira na Travessa J; Sidnei Gomes Miranda da Travessa J, nº
38; Jorge Gonçalves Vaz, e o Presidente. A partir daí acho que o processo está
completo, tem a seriedade, mas não a firula. Eu entendi o pedido do Ver. José
Valdir na Comissão de Constituição e Justiça, já que não estou para apresentar,
aqui, bobajadas. Atendi o pedido de uma Associação de Moradores, com um
abaixo-assinado através do seu Presidente. Eu não conheço nenhuma pessoa que
assinaram. E tenho certeza que acredito naqueles que assinaram, e peço que
votem favorável. eu vou votar favoravelmente. Muito obrigado. Era isso.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra o Ver.
João Dib.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, e o Ver. José Valdir gosta das coisas claras, precisas e concisas.
Por isso o Ver. José Valdir olhou a primeira folha e não olhou a segunda. Na
primeira folha não tem o endereço das pessoas mas tem a impressão da entidade
representativa que é a Associação dos Amigos da Ari Tarragô e também tem a
assinatura do Presidente da Associação que foi entregue ao nobre Ver. Airto
Ferronato. Entendendo a preocupação de V. Exa. vou encaminhar contrariamente ao
seu Parecer que foi aprovado na Comissão de Justiça e que deveria ter dado
outra tramitação no Projeto, mas como tenho certeza de que V. Exa. não pretende
dificultar a homenagem à pessoa do ilustre Coronel, vou encaminhar
favoravelmente. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrados os
encaminhamentos. A votação do PLL nº 33/96 será nominal por solicitação do Ver.
Jocelin Azambuja. (Após a chamada.) APROVADO
por 27 votos SIM, 01 voto NÃO.
O SR. MILTON ZUANAZZI
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, fiquei sabendo hoje que, na sexta-feira passada, houve
uma Sessão Extraordinária . E eu estava presente, neste Plenário, às 9h e às
9h15min - V. Exa. é testemunha disso - e, não havendo quórum, retirei-me da
Casa. Assim, quero justificar minha ausência, já que não sabia da realização de
nenhuma Sessão Extraordinária.
O SR. PRESIDENTE: Essa foi uma preocupação,
naquele momento, deste Vereador. Mas posso informar a V. Exa. que, como não
recebemos nada pela realização daquela Sessão, mão poderemos sofrer nenhum
desconto.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu gostaria de saber se recebi falta na Sessão
Extraordinária da qual não recebi nenhuma convocação. Eu gostaria que a
Diretoria Legislativa me informasse a respeito, pois o Presidente da Casa,
quando da realização da Sessão Ordinária daquela sexta-feira, informou que não
seria dada falta a ninguém em Sessão Extraordinária. Quero saber se recebi
falta ou não, porque, senão, vou fazer
um recurso para a Comissão de Justiça da Casa. Quero uma posição da
Comissão. Requeri, inclusive, na Sessão passada as notas taquigráficas de sexta
pela manhã, quando estive presente, juntamente com 8 Vereadores da Casa.
O SR. ARTUR ZANELLA (Questão
de Ordem): Antes
da Questão de Ordem eu gostaria de dizer ao Ver. Jocelin que ele irá receber
falta sim, não vai ser descontado do salário.
Sr. Presidente, eu recebi agora um relatório sobre um Pedido de
Informação aguardando resposta do Executivo, que está muito bem feito. Eu
gostaria que se colocasse ali junto, ou como adendo, o número de dias que está
atrasada a resposta do Executivo. Por exemplo, há um PI meu de nº 03/96 que diz: “prazo vencido - 45 dias”, foi pedida
prorrogação, só que o PI no dia 15 de janeiro... Eu gostaria que se possível se
encaminhasse a mesma coisa sobre os Pedidos de Diligência.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa informa que essa
informação V. Exa. está recebendo da
Diretoria Administrativa.
O SR. ARTUR ZANELLA: O meu processo em diligência
junto ao Poder Executivo está assim: “Processo nº 1387/92, nº do edifício 149
se reitera, data de encaminhamento 28/02/96”. A data de 28/02/96 é de ofício
que reiterava o Pedido, porque a diligência eu acredito que tenha pedido em 92,
que foi ao Prefeito Olívio Dutra ainda. Eu pediria que se colocasse a data em
que o ofício original.
O SR. PRESIDENTE: A Questão de Ordem de V.
Ex.a. será encaminhada à Assessoria Legislativa para que seja feito o adendo que V. Exa. solicita.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1791/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
035/96, que
declara de utilidade pública o Instituto de Desenvolvimento Cultural (IDC).
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. José Valdir: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Décio Schauren: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- discutiu a matéria o Ver. Dilamar Machado;
-
adiada a discussão por três
Sessões.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº
35/96.(Pausa.) Em votação. (Pausa.) A votação será nominal, de acordo com
solicitação do Ver. Raul Carrion. (Após chamada.) APROVADO por 13 votos SIM,
08 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.
Gostaríamos de colocar à disposição do Ver. Luiz Braz e dos demais
Vereadores a resposta a sua Questão de Ordem sobre a vigência do artigo
primeiro da Lei nº 7.840 promulgado por esta Presidência e publicado no dia 6
de novembro de 1996. O Parecer da Procuradoria
na parte “in fine” diz o seguinte: “A lei Municipal nº 7.840 prevê que a
vigência dar-se-á a partir da data da sua publicação, ou seja, ao entrar em
vigor o parágrafo único supramencionado, a partir de 6 de novembro de 1996,
data da publicação oficial. Tornou-se plenamente eficaz em 8 de novembro de
1996.” Assina Marion Alimena, Procuradora-Geral desta Casa. Está à disposição
do Sr. Ver. Luiz Braz como dos demais Vereadores o Parecer.
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de
ordem): Sr.
Presidente, sobre o Parecer da Procuradora da Casa, pergunto a V. Exa.: com o
não-cumprimento deste dispositivo de lei por parte do Sr. Prefeito Municipal,
qual será ação da Mesa Diretora deste Legislativo?
O SR. PRESIDENTE: Nobre Vereador, gostaríamos
que V. Exa. formulasse, como questionou e teve uma resposta em cima dos autos
da manifestação da Procuradoria, por escrito o questionamento em relação à
obrigatoriedade do que este dispositivo impõe do ponto de vista legal.
O SR. LUIZ BRAZ: Sem dialogar com a Mesa, mas
apenas porque nós já temos a tramitação do Projeto de Orçamento aqui nesta
Casa, já estamos dando os Pareceres, já estamos trabalhando em cima dos
pareceres com relação aos diversos orçamentos, pergunto a V. Exa. a exigüidade
do tempo não vai permitir que nós tenhamos aqui uma tramitação normal deste
pedido, por escrito, e dirigido à Mesa esperando a resposta, porque até já
estará esgotado o prazo de votar o Orçamento. Por isso insisto com V. Exa., em
fazer a Questão de Ordem verbal e obter uma resposta da mesa com relação aos
procedimento pelo não envio desse Plano de Obras, por parte do Executivo, à
esta Câmara, como determina a Lei das Diretrizes Orçamentária.
O SR. PRESIDENTE: O parágrafo único da Lei
7840 estabelece que o projeto do plano de investimentos a ser desenvolvido em
1997 deverá ser encaminhado ao legislativo Municipal até 1º de novembro de
1996. Conseqüentemente, Vereador, considerando que a lei foi publicada em 6 de
novembro, é a partir do dia 6 de novembro que ela passa a ter efeitos
jurídicos, na avaliação deste Vereador, ratificada pela manifestação da
Procuradora da Casa. Há uma obrigação legal do encaminhamento. Se não houve o
encaminhamento, a Mesa apela a V. Exa., que é o Presidente da Comissão de
Finanças e Orçamento, que encaminhe com urgência uma petição a esta
Presidência, que fará, o mais rápido possível, uma reunião com a Comissão de Constituição
e Justiça da Casa, com a Comissão de Finanças e Orçamentos, bem como as
Lideranças, para uma tomada de posição em relação a essa matéria.
O SR. HENRIQUE FONTANA: É só para consultar essa
posição da Procuradoria. Foi feito um Parecer?
O SR. PRESIDENTE: Sim, está a disposição de V.
Exa. e de todos os Vereadores. É só solicitar à Diretoria Legislativa, que está
à disposição, e que informa - e este Presidente fez a leitura da parte “in
fine”, que declara que, a partir do dia 6 de novembro, data da publicação no
Diário Oficial da referida lei, como não houve nenhuma medida legal contra essa
Lei, ela está vigendo, com plena eficácia.
O SR. JOÃO DIB (Questão de
Ordem): Eu
tenho na Comissão de Justiça um Requerimento que é muito importante para que eu
possa decidir o meu voto no orçamento da Prefeitura para o próximo ano. A
interpretação do artigo 164 da Lei Orgânica diz que o montante da despesa com
saúde não será inferior a 13% das despesas globais do orçamento anual do
Município. E a Comissão de Justiça ainda não me respondeu. Gostaria da
intervenção de V. Exa. para que fosse apressada esta informação.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa vai entrar em
contato, por este Presidente e por sua Diretoria Legislativa, imediatamente com
o Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, para providência que o caso
exige. Solicitamos inclusive que nossa assessoria de Mesa faça contato com o
Presidente da Comissão.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, é importante que V. Exa. ouça, porque diz respeito a V.
Exa. - há cerca de 30 dias eu requeri uma Comissão Externa Especial para
acompanhar a questão que envolve a localização da nova Rodoviária de Porto
Alegre. O Processo já está em fase meio que decisivo por parte da Secretaria
dos Transportes do Estado e até agora não tenho informação da resposta, se foi
deferida a Comissão. E a Câmara de Vereadores vai passar vergonha da omissão.
O SR. PRESIDENTE: Eu acho Vereador, é a
opinião deste Presidente, que a matéria exige a intervenção mais rápido possível
desta casa neste assunto. Se este assunto não foi despachado, será
imediatamente despachado, com os prazos mais rápidos e céleres para não
acontecer na Cidade o que está acontecendo.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2005/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
111/96, de
autoria do Ver. Raul Carrion, que denomina Rua Aderbal Rocha de Fraga um
logradouro irregular, localizado na Vila Nova Brasília, no Bairro Sarandi.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. João Motta: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do Projeto;
-
da
CECE. Relator Ver. Jocelin Azambuja:
pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Não
havendo quem queira discutir, em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
aprovam o PLL nº 111/96 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2007/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
113/96, de
autoria do Ver. Raul Carrion, que denomina Rua Abílio Fernandes um logradouro
irregular, localizado na Vila Nova Brasília, no Bairro Sarandi.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Décio Schauren: pela
aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº
113/96. Para discutir, o Ver. Artur Zanella.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, vou discutir esse Projeto,
não conheci pessoalmente o Sr. Abílio Fernandes, mas vou discuti-lo em relação ao Projeto anteriores desta Casa.
Dentro daquilo que esta Casa determina, difere dentro desta democracia, o Ver.
Dilamar Machado colocou restrições naquele outro Processo, de declaração de
utilidade pública de uma entidade, que apresentava problemas. Eu vi muitos
comentários, não de problemas específicos, mas de problemas como “ aquela
entidade é uma entidade de direita”. Eu votei a favor daquela indicação do Sr.
Prefeito Municipal de Porto Alegre, e não dos Vereadores, porque o fato de uma
associação se dizer de direita ou de esquerda não faz com que ela seja menos ou
mais merecedora de declaração de utilidade pública.
Gostaria de dizer que na outra Legislatura queríamos dar o nome de
Ernesto Che Guevara para uma praça da cidade, onde também se criou esse tipo de
problema, não pelo nome, mas deveria ter um quórum eminente e se fazer Sessões
Extraordinárias. Fui um dos que, não muito a favor do Sr. Ernesto Che Guevara,
participei das Sessões Extraordinárias, vínhamos fora de hora e esta Casa, por
unanimidade, aprovou aquele Projeto.
Teve, então, um outro problema, quando houve a Avenida Senador Tarso
Dutra. Dizia-se que o Senador era de direita, que não se podia por o seu nome.
Lembro que uma pessoa aqui disse que “todos têm direito a chorar os seus
mortos”, independente de sua posição política. esse projeto, denominando o Sr.
Abílio Fernandes - eu não o conheço - vou votar favoravelmente. essa indicação
foi feita por um Vereador desta Casa. Nesse tipo de homenagem eu voto sempre a
favor, porque cada um tem o direito e o dever de homenagear aquelas pessoas que
no entender do Vereador, que está aqui com os votos de seus eleitores, merecem
ou não a homenagem. Eu vou votar favorável e que os demais Projetos desta Casa,
a não ser que haja um caso excepcional, mas não ser julgado o Projeto de Lei se
uma entidade é de direita, de esquerda, de centro, ou do que quer que seja.
Pela aprovação, vota a favor. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn): A
Mesa passa a Presidência dos trabalhos ao Ver. Edi Morelli, eis que este
Vereador encaminhará, com a ciência e a anuência do Líder da Bancada do PDT,
este Projeto.
O SR. PRESIDENTE (Edi
Morelli): Com
a palavra, o Ver. Issac Ainhorn.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Ocupo a tribuna para afirmar que conheci Abílio Fernandes, figura
extraordinária, grande batalhador, lutador das causas sociais, figura
verdadeiramente extraordinária. Eu o conheci, já era uma pessoa de idade
provecta, na década de 60, quando Líder estudantil, e com ele convivi; um homem
simples, pobre, mas um grande batalhador e figura de grande expressão dentro do
Partido Comunista Brasileiro. Recordo-me certa feita, talvez o Ver. Lauro
Hagemann e o jornalista Adaucto Vasconcelos podem me confortar, essa figura que
foi Deputado Federal, foi Constituinte em 1946, e teve cassado o seu mandado.
Recordo-me, no ano de 1959, de um comício, com a participação do Sr. Luís
Carlos Prestes, em que eu estava presente. O Cinema América estava lotado, e,
lá, se manifesta essa grande figura que foi Luís Carlos Prestes. Um jovem - não
sei seu nome; sei que participava de algum movimento estudantil; tenho que não
era do Júlio de Castilhos, Ver. Pedro Américo Leal, porque, lá, não havia
espaço para esse tipo de manifestação; não que impedíssemos, mas porque era um
colégio com um determinado perfil; também não era do Colégio Militar, é verdade
- levantou-se e, no ímpeto de sua juventude, acusou o Senador Luís Carlos
Prestes de agente e lacaio de Moscou. Recordo-me, gratamente, de duas figuras
que, naquele momento, levantaram-se e retiraram o irrequieto rebento - mais
velho do que eu tinha 14 anos. Eram: Abílio Fernandes, Constituinte de 46, e
outra figura que trabalhava na “Tribuna gaúcha”, ali no Edifício Missões, o Sr.
Camargo, um gaúcho negro. Cada um segurou o jovem de um lado e o retirou com as
pernas para o ar. Retiraram até a forma carinhosa o jovem rebento, quando fez a
aprovação no comício do Senador Luís Carlos Prestes.
É apenas um registro sobre essa figura muito querida que eu tive
oportunidade de conhecer quando jovem, Ver. Pedro Américo Leal, numa militância
política, já sem representação parlamentar, mas com muita eficiência, com muita
eficácia. Tenho certeza de que o Ver. João Verle se recorda, de forma muito
intensa, dessa figura que foi esse Constituinte de 46 e que hoje, com
prioridade, o Ver. Raul Carrion presta homenagem, designando uma rua da Cidade de Porto Alegre, em um bairro que tem
raízes profundamente populares, com o nome dessa figura extraordinária. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Dilamar Machado está
com a palavra.
O SR. DILAMAR MACHADO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, o companheiro Artur Zanella veio à tribuna para discutir esse
Projeto do Ver. Raul Carrion, que trata de homenagear a figura de Abílio
Fernandes, mas acabou misturando outro aspecto, que não tem nada a ver com a
homenagem às pessoas.
Também acho que não deve, por uma questão ideológica pura e simples
deixar de homenagear ou Abílio Fernandes ou o Marechal Costa e Silva, seja quem
for. Em primeiro lugar tem que saber se o que é uma declaração de utilidade
pública, quais as conseqüências que tem, quando o Executivo manda para esta
Casa um pedido de declaração de utilidade pública de uma entidade, e
minimamente saber que entidade é essa. IDC! Quando perguntei aos Vereadores
desta Casa se alguém sabia o quem era IDC ninguém sabia. Nem o Ver. Antonio
Hohlfeldt, que é um rato cultural. Mas quando perguntei a alguns Vereadores
mais velhos, mais vividos o que era o Instituto Social Cristão, acho que na
mesma hora o Ver. Lauro Hagemann acordou-se, porque neste País prepara-se
durante anos, com habilidade, com competência, por exemplo “ a marcha das
mulheres pela família e pela Pátria”, dê ouro para o Brasil”, funda-se o
“IBAD”, funda-se o Instituto Social Cristão, e durante muito tempo vai-se
solapando as bases das sociedade até o momento em que se quebram as estruturas
constitucionais.
Vivemos neste País uns com mais outros com menos dificuldades. Este é
um País rico de um povo pobre. É um País de história curta, pois tem pouco mais
de um século de Independência. É um País que ainda não se acabou na própria
identidade, mas por que vamos alimentar serpentes dentro na nossa casa?
Eu apenas chamei atenção, porque este povo precisa ter memória. É a
mesma coisa que daqui a pouco nós prestarmos aqui uma homenagem a UDN. Com todo
o respeito que se possa ter pelas figuras de Carlos Lacerda e Cia Ltda, mas não
passavam de golpistas, reacionários, que se solapavam a liberdade democrática
deste País.
O que eu tentei mostrar a esta Casa não é problema meu, não é. Ou nós
temos coerência política, ou nós queremos efetivamente que o campo popular vá
para a frente nas suas conquistas, até coordenar a política deste País, em
termos de economia pública, política, saúde pública, ou nós vamos alimentar
esse tipo de coisa? Dizer que vota a favor, porque não é contra quem é da
direita? Não. É um equívoco do companheiro Zanella.
Se o companheiro Zanella apresentar nesta Casa um Requerimento
homenageando o Professor Fernando Gay da Fonseca, que é um dos integrantes
desse organismo, eu voto a favor, porque eu tenho respeito por ele como pessoa,
embora discorde de suas posições políticas; agora, o Instituto Social Cristão é
outra história. Eu sei que o Ver. Raul Carrion vai pedir Renovação de Votação
dessa matéria. Eu não quero ser advogado do diabo, não quero ser promotor
público, não quero ser juiz de ninguém, eu apenas penso com os companheiros
Vereadores, especialmente àqueles que votaram “sim”, hoje, alguns com um
sorrizinho sarcástico, que leiam, que busquem os jornais da e época que
antecedeu o golpe militar de 64, ou que antecedeu a renúncia de Jânio Quadros,
o episódio da legalidade, o fim dos partidos políticos, o fechamento do
Congresso Nacional a cassação de centenas de mandatos de Governadores,
Deputados, Vereadores, Líderes Sindicais, que leiam um pouco da História
recente do País: o que o Instituto Social Cristão representou na História recente do Brasil? Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Raul Carrion está com
a palavra.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, queria em primeiro lugar, de forma breve, encaminhar favoravelmente
este Projeto de minha iniciativa. A denominação de Abílio Fernandes, a essa rua
da Zona Norte, - que foi operário,
Deputado Federal, Presidente da União Sindical de Pelotas, tesoureiro da
Aliança Nacional Libertadora, em
Pelotas, preso diversas vezes por suas convicções é uma tentativa, assim como a
homenagem que se aprovou no outro dia à Humberto Bronca, - lutador na Guerrilha
do Araguaia; assim como a homenagem que votaremos, a seguir, a Mário Couto,
assassinado durante o Governo de Flores da Cunha (naquela ocasião, ele foi o
Presidente do Partido Comunista do Brasil), como a homenagem de Angelina
Gonçalves, tecelã assassinada em 1º de maio de 1950, em Rio grande; assim como
a homenagem a Josué de Castro, esse grande pensador brasileiro e um tentativa
de resgatar a memória de uma série de lideranças do povo, lideranças progressistas
do nosso País, ao denominarmos determinadas ruas com os seus nomes.
Em segundo lugar, queríamos dizer, e já foi adiantado aqui, que
solicitaremos uma renovação de votação,
na próxima Sessão, sobre o IDC, porque entendemos que a ausência de qualquer Vereador
discutindo essa matéria, de qualquer encaminhamento por alguma bancada não deu
o devido esclarecimento a esta Casa. Achamos que é preciso que essa discussão
se dê. Quero dizer que até a votação irei pesquisar com profundidade, alertado
pelo Ver. Dilamar Machado que já fez algumas colocações fundamentadas.
Lamento que alguns Vereadores da Bancada governista não tenham
examinado este Projeto referido pelo Ver. Dilamar Machado. Eu esperava que a
Bancada do Governo examinasse o problema. Constatei, ao conversar com diversos
Vereadores, que, simplesmente, foi retirado e não foi feito pesquisa nenhuma, e
diversos Vereadores “lavaram as mãos” ao se abster, tendo outros votado
favoravelmente. Não me parece o procedimento de uma bancada progressista nesta
Casa.
Quero dizer que da mesma forma eu votarei a favor para nome de rua, ou
para indicação para o título de Cidadão de Porto Alegre de pessoas com quem eu
não comungo idéias, dentro de certos limites. Não votarei em nome de rua para
Adolf Hitler. Não votarei nome de ruas para outras personalidades que não
merecem a homenagem desta Casa, não só por discordar, mas por seus atos. Agora,
acho que realmente declarar de
utilidade pública a um órgão direitista, é dar o reconhecimento desta Casa a
uma ação contrária ao avanço deste País. É permitir que essas entidades tenham
vantagens tributárias, como taxa de água mínima, como IPTU mínimo, e, assim,
por diante. É como votarmos nesta Casa, por exemplo, declarar de utilidade
pública a UDR, votaria contra; ou declarar de utilidade pública a TFP, declarar
de utilidade pública, a Editora Revisão, que prega o racismo, que prega o
esquecimento do que foi o holocausto nazista... Por isso, pediremos a renovação
de votação e fundamentaremos e esperamos que a Bancada do PT examine com
cuidado isso. Não cabe só a nós examinarmos isso. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz se inscreve
e cede seu tempo ao Ver. Artur Zanella.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, o Ver. Luiz Braz, gentilmente, cedeu-me o seu tempo e eu havia
pedido um aparte ao Ver. Dilamar Machado, mas ele não conseguiu conceder-me o
aparte, provavelmente, em função do tempo. Já que estamos juntando as duas
coisas, o Projeto que nós votamos naquele momento, é um Projeto enviado pelo
Sr. Tarso Genro, o Prefeito Tarso Genro quem mandou. Os Pareceres favoráveis
eram do Ver. José Valdir, que é zeloso, examina a Família Araújo se é aquela
mesma. Mas têm diversos Araújos, tem o Wilton Araújo, tem o Deputado Araújo,
Artur Paulo Araújo. Então, Vereador, têm bastantes Araújos. O Ver. Schauren
também deu Parecer favorável. E por isso, Ver. Dilamar Machado, eu dei o meu
voto favorável, como sempre o dei. Se aparecer problemas, vamos discutir. Não
por ser direitista a Entidade e não por ter sido presidida pelo Dr. Fernando
Gay da Fonseca, que por sinal é cidadão de Porto Alegre.
Quero deixar bem claro que aproveitei esse Projeto, mas poderia ter
sido outro, porque é o que estava aí, para dizer que eu quando voto, não voto
por questões ideológicas. Acho que todos aqui têm direito de apresentar
homenagens às pessoas que julgam merecedoras. Quem julga isso é bom ou é ruim é
exatamente a população, os eleitores.
Repito que vou votar a favor. Há poucos dias li no jornal, em um
editorial, a diferença entre a Câmara de Vereadores que coloca homenagens a
pessoas que têm opiniões divergentes; por exemplo, o comandante do Colégio
Militar que tirou o nome do Lamarca da homenagem em bronze. Acho que cada um,
dentro das suas circunstâncias, está certo. O comandante militar dentro daquele
quartel, lá dentro, achou que era a melhor decisão. E lá rege a doutrina
militar, esse espírito de corpo, quem entende muito disso é o Ver. Pedro
Américo Leal. Acho que ele tem razão. Lá, como aqui, cada um em seu campo tem
condições de saber o que é conveniente para a Casa que ele representa.
Isso foi um comentário sobre uma certa indução de voto, na minha
opinião, incorreta, do tipo: tem que votar contra, porque a Entidade tal é
direitista. Não. Ela pode ser direitista, esquerdista; agora, se tem problemas,
com o identifica o Ver. Dilamar Machado, é outra coisa que tem que ser
discutida. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Em
votação (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 113/96 permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2008/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
114/96, de
autoria do Ver. Raul Carrion, que denomina Rua Josué de Castro um logradouro irregular,
localizado na Vila Brasília, Bairro Sarandi.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Wilton Araújo: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do projeto;
- da CECE. Relator Ver. Jocelin Azambuja:
pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em
votação.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 114/96 permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2038/96 - PROJETO DE LEI O LEGISLATIVO Nº
118/96 - de
autoria do Ver. Raul Carrion, que denomina Rua Mário Couto um logradouro
irregular, localizado na Vila Brasília, no Bairro Sarandi.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do Projeto;
-
da
CECE. Relator Ver. Dilamar Machado:
pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em
votação.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 118/96 permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2077/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
125/96, de
autoria do Ver. Milton Zuanazzi, que denomina Praça Dr. Arthur Ferreira Filho
um logradouro público localizado no Bairro Santo Antônio.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Wilton Araújo: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Clovis Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto;
-
da
CECE. Relator Ver. Décio Schauren:
pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Requerimento de autoria do
Ver. Milton Zuanazzi, solicitando dispensa do envio às Comissões da Emenda nº
01 ao PLL nº 125/96. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.)APROVADO.
Em discussão o PLL nº 125/96. O Ver. Milton Zuanazzi está com a palavra
para discutir.
O SR. MILTON ZUANAZZI: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, nós votamos um Requerimento, porque entrei com uma Emenda a pedido
da família, pedindo a retirada da palavra doutor, porque o Arthur Ferreira
Filho não era doutor, mas um autodidata, apesar de ser um grande homem da história do Rio Grande.
Eles pediram que eu retirasse a palavra “escritor” para colocar a palavra
“professor”, porque ele não gostava de se considerar escritor, apesar de sê-lo.
Ele se dizia historiador e professor. Para que essa questão não transmitisse
nas comissões, houve um Requerimento, pedindo a dispensa. Agora estamos votando
o Projeto.
Das poucas homenagens que prestei nesta Casa, talvez por tentar
valorizar as homenagens que prestei, orgulho-me de prestar uma homenagem a
Arthur Pereira Filho que foi o primeiro intendente da minha terra Bom Jesus,
quando se emancipou; depois, foi intendente de Passo Fundo e de vários outros
municípios, e o homem que contou a história do Rio Grande, inclusive, Ver. João
Dib, para designar a data de fundação do Município de Porto Alegre, foi um
Parecer do historiador Arthur Ferreira Filho que, por estudos, designou a data
de fundação de Porto Alegre. Esta Casa está homenageando uma grande figura de
formação positivista, com influências profundas na história do Rio grande do
Sul, principalmente até a Revolução de 30, depois morreu aos 90 e tantos anos
de idade. essa figura muito grande que é Arthur Ferreira Filho. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Em
votação o PLL nº 125/96. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda nº 01 aposta ao PLL nº 125/96. Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2198/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
137/96, de
autorizado Ver. Nereu D’Ávila, que denomina Av. São José do Norte um logradouro
público localizado no Bairro Belém Velho.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Raul Carrion: pela
aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 137/96 permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
NOMINAL
PROC. 2416/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
150/96, de
autoria do Ver. Elói Guimarães, que concede o título honorífico de Cidadão de
Porto Alegre ao Senhor João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. João Motta: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA - Art. 82, § 2º, IV, da LOM;
- votação nominal nos termos do Art. 174, II, do
Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº
150/96. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 26 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2247/96 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 022/96, de autoria do Ver. Antonio
Hohlfeldt, que concede o Prêmio de Artes Plásticas Iberê Camargo ao gravurista
Anestor Tavares.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Dilamar Machado:
pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PR nº 22/96 permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0809/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 002/96, que acrescenta o inciso V ao artigo da Lei Complementar nº 43, de 21 de
julho de 1979 (guaritas de segurança - construção em áreas de recuo para
ajardinamento).
Pareceres
-da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Artur Zanella: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz:
pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relatora Vera. Clênia Maranhão:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCE nº
02/96. O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir.
O SR. LUIZ BRAZ: Senhor Presidente e Srs.
Vereadores. Essa matéria que é enviada a esta Casa faz parte de um acordo entre
os Vereadores e a Presidência da Casa de que essas matérias ligadas ao Plano
Diretor da Cidade só seriam analisadas juntamente com o Projeto do Plano
Diretor. Não sei por que as outras matérias que tramitam na Casa e que são
ligadas ao Plano Diretor foram enviadas para a Comissão Técnica da Casa que
está analisando aquele Plano. Essa não. Acredito que não podemos dar tratamento
diferenciado para nenhum dos Vereadores, ou para nenhuma das matérias que
tramitam aqui. Então, sem estar querendo fazer um juízo de valor com referência
a esta matéria, acredito que ela deveria ter a sua discussão adiada afim de que
pudéssemos novamente contatar com a Presidência desta Casa e ver se aquele
acordo que foi feito para que estas matérias tramitassem fossem analisadas com
o Plano Diretor, se na verdade, vão continuar recebendo o tratamento
igualitário, porque vejo que esta daqui está recebendo um tratamento
diferenciado.
O Sr. Artur Zanella: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Nem precisaria do aparte, pois me inscrevi para
falar. Mas imagino, Ver. Luiz Braz, que agora que fizeram um outro acordo para não votar o Plano
Diretor este ano, acho que os acordos anteriores vão por água abaixo. E vou me
inscrever para falar sobre isso.
O SR. LUIZ BRAZ: Essa foi uma discussão já travada na Comissão
de finanças e Orçamento, juntamente com o próprio pessoal da SMAM e, juntamente
com alguns empresários, porque esta matéria está no artigo 40 do Plano Diretor
que veio para esta Casa. Então, ou vamos fazer uma discussão em conjunto do que
está sendo tratado pelo Plano Diretor ou vamos começar a abrir para todo mundo,
porque há vários processos na Casa que tiveram a sua tramitação sustada a fim
de que pudéssemos fazer essa discussão em conjunto. Este é o Processo nº 809/96
- PLCE 02/96, tratando-se de “Fica vedada a construção em áreas para recuo para
ajardinamento, mesmo em subsolo, excetuados, guaritas de segurança com área
máxima de dois metros quadrados, podendo ser implantadas junto a testada do
terreno em até dois metros de afastamento da mesma”.
Ora, devemos fazer a discussão do Plano Diretor em conjunto, e ali há
uma equipe de técnicos que foram chamados pelas diversas bancadas desta Casa a
fim de que pudessem emitir opinião a respeito da matéria que está tramitando
lá. Então vamos deixar que os técnicos
analisem todos os processos ligados ao Plano Diretor e vamos analisá-los
todos em conjunto, pois da forma como está sendo feito, este processo sendo
analisado à parte, realmente se contrário. Acho que este também, a exemplo do
que acontece com os outros, deve ser enviado para aquela comissão de técnicos
que está analisando o Plano Diretor da Casa. Era isso. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra o Ver.
Artur Zanella.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, o escritor Millôr Fernandes uma vez definiu em uma fase esta
história de uma coisa servir para uns e não servis para outros. Estamos aqui em
uma situação do tipo que o Millôr Fernandes falava, a análise do Plano Diretor
serve para alguns projetos mas não serve para outros. Então, quando se definiu
que seriam votados todos os projetos relativos ao Plano Diretor em conjunto eu
fui a favor, mas imaginava que fossem ser votados este ano. Não vejo por que
ser o Plano Diretor votado no ano que vem. Eu tenho projetos sobre o Plano
Diretor que gostaria que fossem votados este ano, em conjunto, e não no ano que
vem. Acho que ano que vem não serei
Vereador, Ver. Luiz Braz.
O Sr. Luiz Braz: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Artur Zanella, nós temos técnicos que foram
contratados para que pudessem avaliar o Plano Diretor. Acho que eles não estão
aí com a idéia de que o Plano será votado no ano que vem; eles estão aí para
estudar o Plano e para terem uma idéia definida sobre ele.
O SR. ARTUR ZANELLA: Ver. Luiz Braz, quem se
manifestou pela primeira vez sobre a contratação dos técnicos foi o Ver. Artur
Zanella, para votar este ano. Agora, se a votação será no ano que vem, com todo
respeito, não sei o que esses técnicos estão fazendo aqui. Eles estão perdendo
tempo, gastando o dinheiro da Câmara sem necessidade porque será votado com um
novo grupo de Vereadores que irão assumir no dia primeiro. Eu considero que
esse acordo inicial de não se votar projetos separados era para a votação neste
ano. Meus Projetos relativos ao Plano Diretor, vou trazer para cá. Se é para
derrubar tudo, que se derrube esse, o do Arroio Feijó e outros. Já que não vão
votar, neste ano, o Plano Diretor, vou trazer para votação por este Plenário -
até posso perder - um Projeto de minha autoria que autoriza a construção de
loteamentos populares na Av. do Trabalhador, ligando a Glória a Restinga. Não
vejo porque devo esperar o ano que vem. O Projeto foi aprovado pelo pessoal da
Restinga, foi examinado e não-aprovado pela Secretaria de Planejamento
Municipal, que ajudou a fazer o Substitutivo. Assim, não vejo por que devo
esperar o ano que vem. Não vou estar aqui no próximo ano; não vou poder
explicar por que aquele Projeto existe.
Então, somos Vereadores em turno integral até o dia 31 de dezembro - se
houver Convocação Extraordinária - e considero que devemos votar tudo. Hoje é o
da guarita; daqui a dez ou vinte minutos será o do Arroio Feijó. Penso que a
premissa do Ver. Luiz Braz, inteligente como sempre, neste caso não deve
prosperar, porque nunca vi nenhum documento sobre esse acordo de não se votar o
Plano Diretor neste ano. Tenho minhas dúvidas de que não se possa votar um
Plano Diretor em três meses, Projeto que foi discutido à exaustão. Mas, tudo
bem. Se quiserem votar apenas no ano que vem, que votem. Mas trancar outros
Projetos do Executivo e Projetos de Vereadores que não vão estar aqui no ano
que vem, não considero justo nem para com os Vereadores nem para com a Cidade.
Se o Projeto veio para cá, algum motivo havia. Principalmente esse que se
refere à implantação de guaritas de segurança em prédios, numa época em que
todos querem segurança e - tenho a impressão - querem também a aprovação desse
Projeto. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de ordem): Sr. Presidente, como
Presidente da CEFOR quero que todos os Srs. Vereadores tomem consciência de que
o prazo para apresentação de Emendas à Comissão encerra-se às 18 horas. Como
estamos com 17h14min gostaria que os Vereadores que ainda não apresentaram suas
Emendas ao Orçamento que o façam até este prazo.
O SR. NEREU D’ÁVILA (Questão
de ordem): Peço
um esclarecimento à Mesa, sobre a data deste Projeto que está em discussão, se
está aqui na casa desde 11 de julho de 94.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa informa a V. Exa.
O Ver. Clovis Ilgenfritz está com a palavra.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, falo dando atenção especial ao Ver. Luiz Braz, porque, de fato,
Vereador, a preocupação de V. Exa. é mais do que justa, só que nós temos a
pretensão - assim como o Ver. Zanella - de tentar convencê-lo de que este
Projeto é um detalhe que não estaria de forma alguma influindo no processo de
discussão que vamos ter no ano que vem do Plano Diretor. É um detalhe, vou
tentar explicar. Por outro lado, estamos tratando de um assunto que é
urgentíssimo para inúmeros prédios que estão tramitando ou em início de
tramitação na Prefeitura, cujos proprietários, investidores, condôminos querem
fazer a tal guarita, é um problema grave a questão da segurança. A guarita é
uma construção de, no máximo, 2 metros quadrados, pequena, de baixa altura. Fiz
um rápido esquema: temos a rua, a calçada, o passeio público, os 4 metros
normais de recuo de jardim e depois o prédio, a guarita não seria construída na
calçada; ficaria entre a testada do terreno e o recuo de jardim máximo, onde o
prédio pode ser construído. Como tem havido muita dificuldade nesse sentido, a
Prefeitura quer atender a essas solicitações, que são justas.
O art. 161 da Lei Complementar nº 043/79, que é a Lei do Plano Diretor,
diz “Fica vedada a construção em áreas para recuo de ajardinamento, mesmo em
subsolo. “O item V acrescenta o que não é vedado: “guaritas de segurança com
área máxima de 2m² podendo ser implantadas junto á testada do terreno ou em até
2m de afastamento do mesmo”.
É essa a nossa proposição: que se votasse hoje, até porque podemos
estar adiando esse processo por 5, 6 ou 7 meses, que é o prazo que vamos ter
para chegar ao Plano Diretor de Desenvolvimento urbano e Ambiental que já está
tramitado.
Sinto-me muito à vontade, tranqüilo, em dizer, como arquiteto,
trabalhando nesse área há quase 30 anos, que não deveria nenhum problema. Os
engenheiros entendem bem desse assunto e poderão assessorar, se V. Exas.
desejarem.
Se for o caso, serei o primeiro a solicitar à nossa Bancada que peça o
adiamento por uma ou duas Sessões. Não estou querendo votar de afogadilho. Só
quero dizer que o Projeto não cria problemas.
É diferente o outro Projeto que vamos ter: esse já foi adiado, já foram
feitos esclarecimentos, está todo ele acordado para ser votado, porque trata-se
de um problema social, de urgência; há investimentos que estão dependendo da
nossa aprovação.
O Sr. Luiz Braz: V.Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Clovis Ilgenfritz, não sou contrário ao Projeto
ora em votação. A única coisa que para a qual chamei a atenção dessa tribuna é
que existia um acordo que fez com que alguns processos saíssem de tramitação e
fossem enviados à Comissão do Plano Diretor. A pergunta que fiz por que os
outros saíram da tramitação e foram para serem analisados conjuntamente com o
Plano Diretor e este continuava, juntamente com outros, a tramitar
tranqüilamente pela Casa. Não sou contrário ao Projeto de V.Exa.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Encerro, Sr. Presidente,
tendo em vista que meu tempo acabou. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Airto Ferronato está
com a palavra para discutir o PLCE nº 02/96.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, sou favorável a este Projeto e acho que ele pode ser votado na
tarde de hoje pelo aspecto da simplicidade da sua apresentação e pelo que ele
representa.
Gostaria de voltar a falar sobre um tema que abordei há bastante tempo.
Encaminhei correspondência ao Presidente da República, ao Governador do Estado,
aos Senadores e à Bancada de Deputados do Estado do Rio Grande do Sul. Desde
que o Estado é Estado, há milhares de anos, as coisas funcionam da mesma maneira,
ou seja, o cidadão paga tributo, o Estado arrecada e, posteriormente,
distribui. Essa distribuição tem gerado algumas discussões, alguns desânimos,
uma série de coisas.
Seria importante para o País uma inovação em termos de segurança
pública. É necessário que se tenha uma segurança comunitária, paga pelo
Cidadão, colocada à disposição do cidadão na frente da sua residência, que se
fizesse essas guaritas.
Hoje, já temos uma espécie de serviço dessa ordem, extremamente barato
e que tem trazido resultados positivos à Cidade, que são essas firmas de
segurança que apresentam os seus vigilantes e os nossos cidadãos contratam.
Eu dizia à época, em proposta encaminhada ao Governo Federal, que
haveria necessidade de se alterar a Constituição Federal para que pudesse, o
cidadão brasileiro, através desse sistema de pagamento particularizado de
segurança de nós termos a segurança municipal comunitária para e suportada pelo
cidadão e treinada e supervisionada pela Brigada Militar. Então, nós não
teríamos policiais militares prestando este serviço. Continuaríamos tendo a
nossa Brigada Militar prestando o mesmo serviço que vem prestando, pois é
relevante e com crédito perante a opinião pública. Acredito que com isso nós
teríamos uma inovação em nosso País. Quem de nós gostaria de ter, Ver. Pedro Américo Leal, diante de
nossas residências, pessoal treinado e sob a supervisão da Brigada Militar.
Gostaria de dizer que é muito importante mencionar este tema quando se
discute a autorização para construção das nossas guaritas. Eu havia apresentado
um Projeto nesse sentido, de que esses guardas estivessem sob a supervisão da
guarda municipal. Este Projeto foi rejeitado pela Casa. Eu, na época, entendi
que seria importante um estudo maior acerca do tema proposto. Então se apresentando
um projeto desta natureza que depende de reforma, inclusive, da Constituição
Federal se estaria até elitizando a Brigada, fazendo que ela atuasse onde
tivesse serviço pago. Mas, na verdade não é esta a nossa proposta.
A minha proposta continua sendo a Brigada Militar prestando o serviço
que presta e treinando o pessoal que faria o serviço de guarita e
supervisionando o trabalho. Na verdade esse trabalho se torna barato para os
munícipes e prestaria um serviço importante para a nossa comunidade. E é
importante ressaltar que criaria milhares de empregos em nossa Cidade. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de
Ordem): De
acordo com o que foi solicitado por esta Mesa quando a presidia o Ver. Isaac
Ainhorn, estou encaminhando à Mesa, por escrito, a solicitação para que tome
providências com relação ao não-cumprimento de um dispositivo da lei das
Diretrizes Orçamentárias por parte do Executivo. Pediria, que, por favor, fosse
apregoado por V. Exa.
O SR. PRESIDENTE: O próximo orador inscrito é
o Ver. João Dib para discutir.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, a matéria que está em discussão para ser votada é absolutamente
simples, mas como esta Casa tem que estar sempre com um pé atrás com as coisas
que o Executivo manda, a gente fica realmente embrulhado quando se fala no
Plano Diretor, já que mandou 80 dias antes do término da Legislatura. Eu dizia
que tinha 10 dias até a eleição, não contei os feriados, falei que tinha o
Orçamento para ser discutido, o Plano de Executivo que mandou esta matéria
alterando o Plano Diretor, mas essa alteração que se faz no Plano Diretor é
algo de muito simples, porque o art. 161 da lei atual proíbe a construção no
recuo de ajardinamento, executando-se muros de arrimo, vedações dos
alinhamentos, escadarias e, agora, ele abre mais uma exceção: a guarita de
segurança com área máxima de 2m², que vai dar para as pessoas que cuidam da
segurança, de maneira particular, um abrigo para se proteger das intempéries,
quer seja o sol, a chuva ou o frio do vento da noite. Acho a matéria
absolutamente simples, correta e deve ser aprovada. Realmente, o Executivo é
meio dúbio às vezes. Por exemplo, tenho em mãos uma proposta ouvi do Plenário,
para que o Executivo seja advertido sobre a irregularidade havida, solicitado
tomar providências no sentido de sanar o equívoco. O Prefeito da época, Dr.
Tarso Genro ou Dr. Olívio Dutra, não sei qual dos dois estava na Prefeitura não
disse nada, agora fez um carnaval. Acho que esse Projeto do Executivo é simples
mesmo, não só aparentemente simples, é absolutamente simples. Acho que deve ser
votado imediatamente e aprovado para defender as pessoas que cuidam da nossa
segurança nas ruas em que a polícia não está. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa apregoa o
Requerimento do Ver. Luiz Braz, da Comissão de Economia, Finanças e Orçamento,
ofício nº 28/96: “Sr. Presidente, na condição de Presidente da Comissão de
Economia, Finanças e Orçamento, solicito a V. Exa. providências da Mesa, em
razão do não cumprimento, por parte do Executivo, do previsto no parágrafo
único do artigo 1º da Lei nº 7840, LDO, que prevê o encaminhamento ao
Legislativo Municipal do Projeto do Plano de Investimentos para 1997”.
O SR. JOÃO VERLE
(Requerimento): Gostaríamos de ter na Bancada, uma cópia do Requerimento que V. Exa.
acabou de ler.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa defere de plano. Não
havendo mais vendedores para discutir, encerramos a discussão. Em votação o
PLCE nº 02/96.
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn): A
votação será nominal. (Pausa.) (Após chamada.) APROVADO por 25 votos SIM,
01 ABSTENÇÃO.
A Mesa apregoa Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 02 ao PLL nº 139/94.
VOTAÇÃO
PROC. 0960/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 006/96, de autoria do Ver. Giovani Gregol, que acrescenta artigo à Lei
Complementar nº 234, de 10 de outubro de 1990, que institui, em Porto Alegre, o
Código Municipal de Limpeza Urbana, e dá outras providências. (veda incineração
de resíduos)
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. José Valdir: pela
aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Luiz Braz: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Mário Fraga: pela
aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Pedro Américo
Leal: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM;
-
adiada a votação por uma
Sessão.
O SR. PRESIDENTE: Requerimento de autoria do
Ver. Henrique Fontana, solicitando o adiamento da votação do PLCL nº 06/96 por
uma Sessão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1941/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO N° 008/96, que dispõe sobre a alteração e criação de Unidades Territoriais de
Planejamento na Área Urbana de Ocupação Intensiva. (Arroio Passo do Feijó).
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art 82, 1°, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM;
- discutiu a matéria o Ver. João Dib;
- adiada a discussão por três Sessões.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCE n°
08/96. A discussão já foi adiada por três Sessões, incluída na Ordem do Dia por
força do artigo 81. Com a palavra o Ver. Artur Zanella para discutir.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, observei há poucos minutos com o Ver. Villarinho, que estou falando
muito, talvez sua presença, estamos, hoje, votando alguma coisa. Passamos dois
meses nesta Casa, quando íamos votar o Projeto do Ver. José Valdir sobre o
Orçamento Participativo na Câmara terminava o quórum. Existiu uma tese que
deveria ser votado o Plano Diretor em seu conjunto e que se trancasse um pouco
a votação de matérias especiais. Nesta Casa se fazem acordos e reuniões, mas na
verdade a planície dos Vereadores não fica sabendo desses acordos, e, sim,
houve um acordo para não votação do Plano Diretor este ano. Se isso ocorreu,
tudo o que eu disse e dizia anteriormente não vale mais nada, porque eu, nesta
tribuna, dizia que não tinha que votar nada de Plano Diretor, que não tinha que
votar o Paço do Feijó e votar o Plano Diretor no seu conjunto. Como Isso não
vai ocorrer, nós temos que mudar certos critérios desta casa. Primeiro, esse
caso dos técnicos que estão se reunindo, acho que estão perdendo o tempo deles,
o nosso e o dinheiro desta Câmara. Não tem nada de ter mais técnico nesse
momento ganhando aqui para chegar e entregar o seu relatório para os Vereadores
que não os contrataram, o ano que vem. Eu acho que tem que liberar. Serão
outros Vereadores, eu não vou estar aqui, o Ver. Edi Morelli e o Ver. Jocelin
Azambuja não vão estar aqui.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa interrompe o tempo de
V. Exa. e informa que já tinha transcorrido três minutos quando essa Presidência
não tinha acionado o relógio de marcação regressiva do tempo.
O SR. ARTUR ZANELLA: Gostaria de saber como foram
esses três minutos.
O SR. PRESIDENTE: Eu contei em avaliação com o
1° Secretário.
O SR. EDI MORELLI: V. Exa. permite uma aparte?
(Assentimento do orador.) Se o Plano Diretor vai ficar para ser votado o ano
que vem, eu não tenho porquê para votar nada do Plano Diretor neste ano, por
isso estou me abstendo em todas as votações.
O SR. ARTUR ZANELLA: É uma tese. Então, a tese é
o contrário. Se vai votar o ano que vem, não sei quando, acho que temos que
votar aquilo que tem aqui, principalmente o Poder Executivo, os Vereadores que
vão sair. Eu não vejo porquês para deixar uma emenda minha para o ano que vem,
porque não vou ter condições de defendê-la. Então, eu quero que seja votada.
Disse há poucos dias que não tinha porquês para ter que votar nada;
especialmente o Arroio Passo do Feijó, retiro tudo o que disse, em função desse
acordo que dizem foi feito pelas Lideranças de não votar. “En passant”, repito,
que as Lideranças que contrataram esses assessores acho que também devem se
reunir, porque não tem mais motivo, nesse momento, para a permanência desse
grupo. E vou dizer mais claramente - faz tempo que não falo muito claro nesta
tribuna - : estão usurpando o lugar dos Vereadores, pelo que li na imprensa.
Dizem que os técnicos se reuniram e vão decidir o que passar para os Vereadores
votarem. Isso é um absurdo! Os que foram eleitos não votam, os que foram
contratados - duvido que alguém saiba o nome deles - vão receber orientação
sobre o que deve, ou não, ser votado para o ano que vem, com outros Vereadores
que aqui estarão. Sr. Presidente, eu digo que devemos votar esse Projeto do
Passo do Feijó. Se vamos votar a favor ou contra é outro assunto, mas, que se
tem que votar, tem. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a
palavra para uma Questão de Ordem.
O SR. JOÃO DIB (Questão de
Ordem): Sr.
Presidente, eu gostaria de esclarecer que na Sessão antecedente eu não discuti
a matéria. Fiz o encaminhamento de um pedido de adiamento da matéria.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa vai consultar as atas
e as notas taquigráficas e lhe responderá
no momento oportuno.
O SR. JOÃO DIB: Eu quero me inscrever para
falar.
O SR. PRESIDENTE: Vereador, eu não lhe dei a
palavra, e eu já lhe respondi.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, eu gostaria
de ser respeitado. Não concluí minha colocação que é importante para a Casa.
O SR. PRESIDENTE: Ninguém mais do que V. Exa.
é respeitado por todos os aspectos.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, eu não concluí a minha colocação, e é uma
colocação importante para a Casa. Não é minha; eu não falar novamente sobre a
tal...
O SR. PRESIDENTE: Mas ela tem que ter
enquadramento legal.
O SR. JOÃO DIB: Mas eu preciso dizer o que
ocorreu, Sr. Presidente. Não posso ser impedido.
O SR. PRESIDENTE: V. Exa. consiga um tempo e
explique.
O SR. JOÃO DIB: Não senhor, Sr. Presidente,
eu vou esclarecer; eu não vou discutir a matéria.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa não vai polemizar com
V. Exa. V. Exa. esclareça.
O SR. JOÃO DIB: Ora, vá para o inferno!
O SR. PRESIDENTE: A Mesa não vai admitir esse
tipo de colocação. A Mesa exige que V. Exa. tenha respeito, se não for por
outra coisa, que seja pela Mesa Diretora.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h44min.)
O SR. PRESIDENTE (às
17h47min): Estão
reabertos os trabalhos. A Mesa reabre os trabalhos e reporta-se aos apanhados
taquigráficos da Sessão Extraordinária do dia 1° de novembro, em que discutiu o
Projeto PLCE n° 08/96. O Presidente disse o seguinte: “Em discussão o PLCE n°
08/96. O Ver. João Dib está com a palavra para discutir.” Se quiser as cópia V.
Exa. as requeira que nós as forneceremos ou as peça ao Setor de Taquigrafia.
Está, assim, discutido pelo Ver. João Dib.
Próximo Vereador inscrito para discutir, que não ocupou o espaço até o
momento, é o Ver. Airto Ferronato. Desiste.
Houve uma falha, Ver. Jocelin Azambuja, porque V. Exa. estava inscrito
antes do Ver. Airto Ferronato. V. Exa. está com a palavra.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, a questão que envolve o Plano Diretor de Porto Alegre preocupa a
todos nós. Nesse ponto está correto o Ver. Zanella, pois não podemos ficar
fazendo acordos aqui para não votar o Plano Diretor. Se existe algum acordo
nesse sentido ele é equivocado e eu o desconheço. Tem que haver, evidentemente,
o trabalho dos técnicos, e a técnica, que está assessorando a Comissão de
Educação da Casa, está secretariando os trabalhos, tem a orientação de proceder
todos os trabalhos que são necessários ao assessoramento e fornecer todos os
dados aos Srs. Vereadores. O técnico que indicamos, pela Comissão de Educação,
fornecerá todos os dados, que forem necessários, e se o Projeto estiver em condições
de ser votado ele o será, assim como este Projeto, que temos que votar, que foi
discutido pelo Ver. João Dib, na Sessão que iniciou a discussão do processo,
naquele momento se discutia justamente a possibilidade de votar-se ou não votar
matérias relacionadas com o Plano Diretor. E o entendimento da Casa, parece-me
que foi no sentido de que todas as matérias, independente de estarem lá dentro
do Projeto que o Governo Municipal mandou a Câmara, que envolve também mudanças
do Plano Diretor, mas não é só mudanças do Plano Diretor. Até tem gente muito
mal informada que anda fazendo discurso errado, é bom que leiam um pouquinho o
Projeto de Lei do Executivo para saberem exatamente todo o seu conteúdo. Mas,
como não é objeto da nossa discussão aqui, eu só faço alerta aos Vereadores,
porque tenho visto muitos discursos errados aqui e isso pode pegar mal. Pessoas
desenformadas dando entrevistas, dando informações e não leram o Projeto do
Governo Municipal, que é muito mais amplo. O Plano Diretor é um dos cinco itens
que envolve justamente o projeto no seu global. Então é bom que os companheiros
que tem se manifestado de forma equívoca analisem.
Este Projeto que nós estamos votando, que envolve o pessoal do
Timbaúva, é um Projeto que existe e necessita de se avançar. Claro que o
DEMHAB, como é característica dos Projetos do Executivo que chegam aqui, não
vêm as informações completas, as coisas são votadas por acordo, negociações,
mas na verdade aquelas informações que seriam básicas, para que nós pudéssemos
votar com tranqüilidade, a exemplo do que se votou na sexta-feira.
Acho que as matérias do Plano Diretor, que chegarem a votação, tem que
serem votadas, evidentemente. E se chegarmos a conclusão de que o Projeto
encaminhado pelo Poder Executivo, que envolve também o Plano Diretor e as
transformações propostas na cidade, tiverem que ser votadas até dia 31.12,
teremos que fazer. Não há porque dizer que vão fazer acordo para votar depois.
Nós temos técnicos contratados, nós temos técnicos que assessoram, a Comissão
de Educação está trabalhando muito em cima disso e se me senti tranqüilo, com
conhecimento, com embasamento suficiente para votar a matéria, eu vou,
evidentemente, querer votar. Não há por que se deixar para o ano que vem.
Agora, se chegarmos à conclusão, nós Vereadores, não os técnicos, eles estão
aqui para nos assessorar, e não para dar parecer, se vota ou se não vota. Eu já
ouvi esse tipo de conversa, de gente mal-informada. Se nós nos sentirmos em
condições de votar, vamos votar. Esta matéria tem que ser aprofundada, tem que
ser discutida. Agora todas as matérias que envolvem alterações tem que ser
votadas. Eu quero discutir mais a matéria e acho que ela não está
suficientemente madura ainda para ser votada porque o Executivo Municipal ainda
não apresentou os subsídios que deveria apresentar e esse é o problema
principal. Nós não podemos ficar votando aqui matéria sem conhecimento. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Edi Morelli se inscreve e cede seu tempo ao Ver. João Dib,
com aquiescência dos Vereadores Airto Ferronato e Nereu D’Ávila.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, decididamente, eu sou um homem que não tem medo, eu já analisei
muitos fatos na minha vida e não tenho medo. Agora, há alguma coisa que me
deixa imensamente preocupado: é machucar o meu semelhante. É tão intensa essa
preocupação que eu penso até que tenha medo em machucar. Hoje mesmo eu dizia
que nunca sou inimigo, mas eu sempre sou adversário. Se me enfrentarem ou me
afrontarem, eu reajo; e foi o que fiz hoje: magoei, Sua Excelência, o
Presidente desta Casa, tudo porque eu queria explicar um fato. Eu entendia que
não tinha discutido a matéria, porque pedi adiantamento da discussão e é o que
disse aqui, que o correto seria encaminhar essa matéria para discussão junto
com o novo Plano Diretor. E eu considero que isso seja discussão, o Presidente
teria razão. Mas, na verdade, o que me deixava preocupado é que eu sabia que eu
tinha pedido adiantamento conforme o Presidente. “A Mesa só poderia deliberar
se retirasse da Ordem do Dia por deliberação do Plenário, não fechamos a
discussão sugerimos que requeira o adiantamento por 5 sessões, que é formulado
pelo Ver. João Dib.” Então, realmente, eu pedi. Depois, eu disse adiante:
“Presidente, eu gostaria de fazer uma alteração: eu pedi adiantamento por 5
Sessões, altero para 3 Sessões”. Ma tudo que eu precisava dizer para esta Casa,
e se relacionava ao adiantamento que eu pedi, é que, por várias vezes, eu
recebi telefonema do DEMHAB na minha casa e no meu gabinete, fui procurado pelo
DEMHAB e eu não pedi explicação nenhuma, pedi apenas que o processo fosse
adiado na sua votação, na sua discussão para que a Casa pudesse ser informada.
Eu não pedi nenhuma explicação.
O DEMHAB passou uma semana inteira me enchendo a paciência, e o
Presidente, não deixou eu falar, era uma frase que eu queria falar. O
Presidente Isaac Ainhorn parece que tem o prazer em me deixar irritado, vem a
agressão, que tenho medo de fazer, por isso muitas pessoas acham que levam a vantagem
na discussão comigo, não levam, eu não sei ferir, mas não posso ser ferido
impunemente. Na nota distribuída pelo Presidente eu solicitei que fossem
colocadas as 24 informações que estão com o prazo vencido, não colocou. Eu sou
obrigado a ficar calado. Não entendo porque o Presidente tem o prazer de
contestar o que eu faço.
O DEMHAB deveria explicar para esta Casa por que ele está pedindo, não
deveria mandar Comissão, não foi o que eu pedi, só pedi o adiantamento da
matéria. O DEMHAB está em débito com esta Casa: não trouxe o esclarecimento
necessário.
Ao Presidente, que está presente, digo que não tenho nada contra Vossa
Excelência, mas o Presidente me leva a exasperação sem necessidade. Tudo o que
eu queria dizer é que o DEMHAB e a Comissão do Timbaúva atribuíram a este
Vereador as explicações que deveriam ser dadas, eu não precisava de
explicações, era a Casa que precisava.
Sou grato ao Ver. Edi Morelli pela atenção em me ceder o seu tempo,
para dizer que eu não tenho nada contra o Presidente, nada contra o DEMHAB, a
não ser a falta de atenção deles. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Edi
Morelli): O
Ver. Airto Ferronato está com a palavra, para discutir o PLCE nº 08/96.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
este é o Processo de que falei em outra oportunidade. Já, em 1991, estive
tratando do tema junto à Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, de
reforma do uso do solo urbano naquela área da nossa cidade. Estou aqui, porque
ouvi quando o Ver. Artur Zanella colocava, com propriedade, que, na verdade,
este é o momento oportuno e certo para que esse Projeto seja analisado. Dizia o
Ver. Artur Zanella que, para ele, não interessava se ganhava ou perdia, se
aprovava ou não, mas deveria ser votado neste momento.
Vou votar favorável ao Projeto e acredito que é importante que haja a
votação favorável dos Vereadores desta Casa, no sentido de ver atendido um
pleito, numa área importante da nossa Cidade, que é aquela região do Passo
Feijó, Extremo Norte da Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Nereu D’Ávila está
com a palavra.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Tenho ouvido, durante a tarde de hoje, algumas afirmativas que,
rigorosamente, não correspondem ao que está acontecendo aqui na tribuna. Os
Vereadores afirmaram que há um acordo feito para não votar em Plano Diretor
neste ano. Em primeiro lugar, não há acordo nenhum para que o Plano Diretor não
seja votado este ano, mas, sim, há uma evidência, já que estamos no dia 11 de
novembro, e as eleições foram no dia 03 de outubro; após as eleições havia
dificuldades para que as matérias fluíssem. Nenhum Vereador acha que o Plano
Diretor seja um Projeto, como este anterior, de recuar, no passeio público,
para efeito de segurança, fazer-se uma guarita de 2m, uma coisa simples;
portanto, uma alteração comezinha, mas é algo tranqüilo, muito diferente de um
Plano Diretor complexo, tão complexo que os técnicos estão dizendo - e estão
estudando artigo por artigo - que não
levam menos de 40min, para debater um artigo, isto quando não é complicado.
Então, há questionamentos do Plano Diretor, inclusive, do IAB com questões de
ordem jurídica, é um complexo de estudos e, como altera toda a problemática da
cidade, tem que atender item por item. Não há acordo. O que há é uma evidência:
a premência de tempo não dará condições para a votação do Plano.
O Sr. Pedro Américo Leal: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) V. Exa. acaba de atingir a mosca. Como é possível nós
votarmos esse Plano Diretor em 20 dias úteis? É o que temos pela frente: 20
dias úteis. Uma matéria de tal complexidade, como poderemos votá-la em 20 dias
úteis? Com toda essa dinâmica de Plenário que temos, e que V. Exa. conhece.
Esse é o argumento cabal, total, encerra o assunto.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Correto, temos o Orçamento
para ser votado este ano. O Ver. Jocelin Azambuja - se não engano foi ele quem
disse - falou que os técnicos estão tomando o lugar dos Vereadores, dizendo se
pode ou não votar. Isso é uma injustiça, pois os técnicos não estão dizendo
isso, eles estão, absolutamente, ciosos
da sua responsabilidade. E levando em conta o que o Ver. Pedro Américo
Leal se referiu neste instante, chegamos a uma conclusão consensual.
O Sr. Artur Zanella: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Acho que não tem condições de se votar o Plano
Diretor, mas acho que se deve votar os outros Projetos.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Eu ouvi dizer aqui que os
técnicos estavam ditando aos Vereadores que havia um acordo, o que não é
verdade, os técnicos estão cientes, estão estudando com muita responsabilidade
artigo por artigo. E digo mais, Vereadores, eu fui um dos que, tranqüilamente,
referiu dia em uma reunião que eu não sabia nada de Plano Diretor. Então, na
reunião que haverá no dia 13/11, aqui na Câmara às 19h, nós discutimos e pedi
que não só a Prefeitura desse a sua versão, pois esta teve 2, 3 anos, não sei
quanto tempo estudando item por item do Plano. Ao que me consta, a Prefeitura
está com uma posição definida, agora as outras entidades que fazem, que compõem
a sociedade organizada desta Cidade não estão. Na abertura do dia 13/11, vai
haver um contraditório, a posição da Prefeitura, e eu fui um dos que defendi,
porque, tranqüilamente, disse que não sabia nada até agora do Plano Diretor,
pois os técnicos que são técnicos, os arquitetos, que tem uma intimidade, estão
levando 40min para um artigo, imagine eu que não sou técnico.
O Sr. Jocelin Azambuja: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Eu não disse que os técnicos estavam determinando
isso, e, sim, que estava se falando que os técnicos, inclusive saiu até na
imprensa, estavam dizendo isso. Então eu disse que, se fosse verdade, não
estaria correto, esta é a minha posição, não que eles estivessem agindo dessa
forma.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz se inscreve
e cede o seu tempo ao Ver. Nereu D’Ávila.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Agradeço a V. Exa. Só queria
diante deste argumento, dizer que há necessidade de termos conhecimento
absoluto daquilo que estamos votando. Então, sobre este que está em discussão nesse momento, quero
dizer que foi comparado aqui na tribuna, e achei um excesso de raciocínio, o
Projeto anterior que nós aprovamos, do recuo a respeito das guaritas como esse
aqui. Achei uma comparação que não é linear, por quê? Porque o outro foi simplório, era só colocar a guarita de 2
metros recuando do passeio. Esse aqui não, esse aqui modifica uma situação
bastante complexa. Aqui, diz o artigo 1°: “Fica alterada unidade territorial do
Planejamento 1; da unidade seccional intensiva 10; unidade territorial
intensiva 11. Artigo 2°: fica instituída a unidade territorial mista 24”, e por
aí vai. Então, é o seguinte: aqui estão os Mapas da alteração, que não é pequena.
Se eu sou o único entre os 33 Vereadores que está achando complexa a matéria,
eu peço perdão aos demais. Não estudei a matéria. Agora, se eu estou
expressando aquilo que a maioria ou pelo menos uma grande parte dos Vereadores
que não está completamente enfronhada para votar com tranqüilidade, eu confio
nos demais. Aprovem e eu confio. Eu confesso que, hoje, eu não tenho
tranqüilidade para votar. Se os outros estudarem eu me penitencio, sou eu o
relapso, mas não estou com esta impressão. Eu não estou pedindo que isto aqui
fique para o ano que vem, junto com o Plano Diretor. Estou pedindo que, como é
complexa a matéria, nós tenhamos cuidado. Hoje, eu não tenho condições de
votar.
O Sr. Clovis Ilgenfritz: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Nós não expressamos devidamente com a correção que
deveríamos. O que nós votamos antes era muito simples. Este é diferente, porque
ele tem uma função social. Existe um prazo, tanto é que nós pedimos o artigo 81
por isso. O que está sendo modificado no Plano Diretor, em determinados
aspectos, é para simplificar a nossa compreensão. Vejam o quanto é difícil
entender estes números colocados. A Unidade Territorial Intensiva, que é da
construção que nós chamamos da zona urbana, existe uma Unidade Territorial de
Reserva Ecológica, de preservação, que é do Arroio Feijó. E uma outra unidade
que coloca que, próxima a ela, que atinge este tipo de Projeto, é a unidade de
construção industrial. Neste terreno, próximo ao Arroio Feijó, foi feita a
preservação da área da margem do Arroio com todas as exigências ecológicas.
Segundo foi feito um Projeto de ocupação mista, não é mais puramente
industrial, para adaptar o terreno lindeiro ao terreno da Vila Timbaúva -
Projeto Timbaúva - que o DEMHAB fez uma parte, e para fazer a segunda parte,
cuja transmissão depende de verbas que estão arroladas no Projeto Promorar da
CEF, precisa ser transformada em zona mista e habilitada para configurar o
Projeto definitivo desse loteamento. De fato, é complexo e foi adiado por três
Sessões. Com maior cuidado, procuramos esclarecer a cada Vereador, e falhamos
em não ter falado com V. Exa., que, seguramente, folhando esse mapa, daria
razão para nós.
O SR. NEREU D’ÁVILA: O aparte do Vereador foi um pouco longo, mas proveitoso, porque
colocou resumidamente o Projeto. Poderíamos amadurecê-lo um pouco mais. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Raul Carrion está com
a palavra para discutir o PLCE nº 08/96.
O SR. RAUL CARRION: Senhor Presidente e Srs.
Vereadores. Quando esse Projeto ingressou, dentro da preocupação de votarmos
conjuntamente tudo aquilo que diz respeito ao Plano Diretor, manifestei a minha
preocupação. Conversei com o Ver. Clovis Ilgenfritz . Pedi maiores informações
e, com o adiantamento da votação do Projeto, solicitei a minha Assessoria
Especial, o arquiteto Rosa, pessoa da minha confiança, que examinasse com
bastante cuidado o problema. O resultado desse exame foi no sentido de que não
há nenhum inconveniente nesse Projeto, e de que, por não ser um Projeto que tem
uma repercussão mais global sobre o Plano - tendo em vista que o Plano Diretor
não será votado por impossibilidade de tempo, neste ano, entendo que não haverá
nenhum problema em votar esse Projeto. Tenho que trazer esse testemunho porque
não só tive, também, essa preocupação como solicitamos ao arquiteto Rosa esse
estudo detalhado.
Dentro não têm uma abrangência global, entendemos que esta Casa deve e
pode votar, independente da votação do Plano Diretor. Por isso encaminhamos
favoravelmente. Evidentemente, se a Casa entender que deve haver mais um
adiantamento a Bancada do PC do B está pronta para votar e votará
favoravelmente. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR.PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Requerimento de autoria do
Ver. Nereu D’Ávila, solicitando seja adiada a discussão do PLCE n° 08/96 por
duas Sessões.
Antes de colocarmos em votação o Requerimento do Ver. Nereu D’Ávila,
iremos votar a prorrogação da presente Sessão por mais duas horas.
O Ver. Raul Carrion, Secretário “ad hoc”, está com a palavra para
proceder à chamada nominal dos Srs. Vereadores.
(O Sr. Secretário “ad hoc” procede à chamada nominal.)
Está aprovada por 14 votos SIM e 02 ABSTENÇÕES, a
prorrogação.
Assim, com 17 Vereadores presentes, há quórum para o prosseguimento dos
trabalhos.
Requerimento do Ver. Nereu D’Ávila, para que seja adiada por duas
Sessões a discussão do PLCE 08/96.Em votação. (Pausa). APROVADO, contra 5 votos, com o voto do Ver. Airto Ferronato.
(Apartes
paralelos.)
O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, eu havia
pedido verificação de votação.
O SR. PRESIDENTE: O Requerimento de
verificação tem que ser formulado pelos microfones existentes na tribuna.
O SR. GUILHERME BARBOSA: É a primeira vez que isso é
colocado aqui.
O SR. PRESIDENTE: Não é verdade. Não vamos
permitir repetição de fatos que não se coadunam com o exercício do mandato
parlamentar.
O SR. GUILHERME BARBOSA: E eu não vou aceitar regra estabelecida ao acaso.
O SR. PRESIDENTE: Não é ao acaso. Até porque
tem que constar das notas taquigráficas.
(Apartes
paralelos.)
A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Esta Vereadora e o Ver.
Guilherme Barbosa, no momento adequado, votaram contrariamente à proposição que
V.Exa. lia. Nesse sentido, como não era possível verificar no Plenário, pediu verificação de votação. Gostaria que
V.Exa. deferisse.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa entendeu o
requerimento de V.Exa. e vai avaliar.
A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Agradeço e espero que o
bom nome da Casa permaneça.
O SR. PRESIDENTE: O bom nome da Casa
permanecerá de qualquer maneira, Vereadora.
A Mesa deferi a verificação de votação, embora informe a V.Exa. que o
Requerimento do Vereador Nereu D’Ávila está aprovado, portanto, cabe a
verificação de votação que a Mesa difere neste momento. No caso de haver
quórum, a discussão do PLCE Nº 08/96 - Processo nº 1941/96 encontra-se adiada
por duas Sessões.
Solicito ao Ver. Raul Carrion que faça a chamada nominal para a
verificação de votação do Requerimento do Ver. Nereu D’Ávila. (Após a chamada.)
APROVADO o Requerimento que adia por
duas Sessões a discussão do PLCE nº 08/96 por 13 votos SIM, 02 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O SR. HENRIQUE FONTANA
(Requerimento): Solicito à Mesa que passemos direto para a votação dos Requerimentos.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento
firmado pelo Ver. Henrique Fontana. O Ver. Artur Zanella está com a palavra
para encaminhar.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores confesso que estou um pouco confuso, na verdade, em vez de
encaminhar até gostaria de ter alguns esclarecimentos. O Ver. Nereu D’Ávila
havia pedido o adiamento da votação do Projeto por duas Sessões. Pelo que
entendi, venceu o Requerimento do Ver. Nereu D’Ávila e, inconformada, a Bancada
do PT pediu verificação de votação, aí, a Bancada do PT vota a favor do Requerimento
do Ver. Nereu D’Ávila. Sei que é difícil entender, as vezes a gente não tem
muita experiência no setor público, não tem muita experiência na Câmara de
Vereadores, é uma tática para confundir. Eu sou favorável a que se vote o
processo imediatamente. Mas no momento que a Liderança do PDT, do meu Partido,
pediu o adiamento por duas Sessões, porque não havia entendido não havia se
aprofundado no Projeto, acho que isto deveria ser concedido. Criou-se aquele
momento em que houve esta inconformidade e por isto não votei, Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, para que houvesse mais tempo para nós analisarmos. Se nós
tivéssemos encerrado a Sessão por falta de quórum, haveria não duas Sessões,
mas uma Sessão para analisar melhor. Então atenderia ao que desejava a Bancada
do PT, que era a votação imediata e aquilo que o Ver. Nereu D’Ávila queria, que
eram duas Sessões. Então, se tirasse o quórum, ficaria em uma Sessão.
O Ver. Clovis Ilgenfritz tentou, com habilidade, e conseguiu aprovar o
adiamento por duas Sessões. Quer dizer, não é tão urgente assim, Ver. Jocelin,
nós estávamos preocupados com a urgência, mas não é urgente.
Agora aparece a nova votação de Requerimento. Deve ter um Requerimento
mais importante que a aprovação do Projeto do Passo do Feijó, deve ter. Gostaria
de saber, do Senhor Líder do PT, que Requerimento é este tão importante.
Espero que não seja mais uma viagem do Dr. Tarso Genro. Há poucos dias
ele pediu cinco viagens em um mesmo requerimento. Eu sugiro, então, à liderança
do PT, que informe que Requerimento tão importante é este.
Gostaria de dizer, Ver. Jocelin, que estive no sábado na inauguração da
Feira do Pêssego e o Sr. Alvarez, Secretário do Governo Municipal, foi
apresentado como Prefeito Interino de Porto Alegre. Gostaria de saber se neste
Requerimento tem alguma coisa e pedir ao Presidente Isaac Ainhorn que assuma a
Prefeitura, porque existe uma série de coisas ruins que estão ocorrendo em
relação a esta Casa e o Prefeito Municipal e não gostaria que ao final de uma
Legislatura, isso se tornasse cada vez pior. Eu queria encaminhar, naquela
hora, aquele Requerimento de renovação de votação, porque iria dar um conselho
para o Líder da Bancada do PT, que não trate dos assuntos como está tratando,
pois está criando um problema, aqueles que estão favoráveis à votação dos
Projetos do PT terminam votando contra, como é meu caso. Estou tentando votar a
favor de certas coisas, mas estou sendo constrangido a votar contra, a tirar o
quórum. Então sugiro, como amigo do Ver. Henrique Fontana, e que quer ajudar a
aprovação dos projetos do PT nesta Casa que forem favoráveis à população, que
não trate o resto deste Plenário atropelando, patrolando e lavando tudo
adiante. Não é assim que se vai conseguir aprovação de certos Projetos,
principalmente neste final de Legislatura. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Henrique Fontana
está com a palavra para encaminhar.
O SR. HENRIQUE FONTANA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, só para dizer ao Ver. Artur Zanella que recebo a crítica e só
reafirmo que nós em nenhuma hipótese queremos passar a patrola em ninguém para
aprovar Projeto ao contrário, o incidente que ocorreu em torno desse último
Projeto é porque nós - o Ver. Zanella se sentia esclarecido sobre o Projeto,
tinha estudado, estava de acordo em votar o Projeto, e o Líder de sua Bancada
solicitou a nossa Bancada que aguardássemos mais duas Sessões, foi isso o que
aconteceu - entendemos que deveríamos aguardar duas Sessões para que não se passasse uma patrola, como colocou o Ver.
Artur Zanella. Então, resolvemos acatar a idéia do adiamento por duas Sessões.
O pedido que faço agora, invertendo a Ordem do Dia para votar os Requerimentos,
é porque nós fizemos uma Sessão Extraordinária na sexta-feira para votar duas
suplementações que são fundamentais na Cidade, e um Vereador requereu Renovação
de Votação, Ver. Dilamar Machado, pelo que estou informado. O que nós queremos
tentar é que o Plenário avalie esse pedido de Renovação de Votação, que eu
espero que seja derrotado, para definir e terminar como o assunto das duas
suplementações. Esse é o único objetivo que nós temos, Ver. Zanella, nada além
disso. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do
Ver. Henrique Fontana, solicitando que se passe a votar os Requerimentos. A
votação será nominal por solicitação do Ver. Artur Zanella. (Após a chamada.) APROVADO por 17 SIM.
Aprovado o Requerimento do Ver. Henrique Fontana, passaremos aos
Requerimentos.
Requerimento de autoria do Ver. Dilamar Machado, solicitando renovação
de votação relativamente ao PLE nº 60/96. Em votação. O Ver. Jocelin Azambuja
está com a palavra para encaminhar.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, nós achamos importante encaminhar esse Requerimento já que a
Bancada governista da Casa tem uma mágica e sempre consegue ter o quórum que
deseja e tudo aquilo de que precisa. Conseguiu até fazer uma reunião na
sexta-feira, à noite, extraordinariamente, depois de terem ficado dormindo,
para compensar o sono dos companheiros, que estavam cansados de muita caminhada
por aí, enquanto os demais Vereadores estavam aqui às 9 horas da manhã, para
votarem os Projetos. Fizeram uma Sessão Extraordinária e conseguiram quórum até
as 20 horas, e até o Ver. Zanella estava presente. Vi que os Vereadores se
posicionavam em não fazer a reunião, mas mesmo assim conseguiram. Agora, o Ver.
Dilamar Machado requereu a Renovação de Votação, até porque tinha um número
pequeno de Vereadores votando, e deve ter sido esse o argumento que o Vereador
utilizou.
A votação da matéria ocorreu numa Sessão Extraordinária, numa
sexta-feira, à noite, com a presença de 18 Vereadores. Era uma matéria
importantíssima, que na Sessão normal não pode ser votada, porque não havia
quórum. Inclusive o Ver. Dilamar Machado também não compareceu à noite, e
estava correto, pois ele veio pela manhã, no horário de Sessão, e depois teria
que via à noite, para votar a matéria, para agradar a Bancada governista, que
na maioria estava descansando. Ora, não podiam fazer isso. Ele fez certo:
requereu a Renovação de Votação, não tem dúvidas. Nós tivemos até sexta-feira
uma fato inédito, foi a primeira sessão de sexta-feira que não teve quórum. Não
teve Sessão Ordinária sexta-feira aqui, às 9h15min tinham 9 Vereadores, tinham
do PT, 3 Vereadores do PTB, 2 Vereadores do PDT. Realmente é uma advertência da
tribuna, porque eu me senti desrespeitado com uma Convocação Extraordinária
para às 19 horas, para compensar aqueles que não cumpriram com seu dever legal.
O Ver. Dilamar Machado está pedindo Renovação de Votação pelo
desrespeito que houve. Está correto o Ver. Dilamar Machado, como ele foi
desrespeitado é evidente que queira uma Renovação de Votação. Tem que acontecer
aqui na Casa, Srs. Vereadores, o respeito ao Regimento, quando não acontece o
respeito ao Regimento, surgem os problemas que surgiram. Então, Srs.
Vereadores, eu vou encaminhar favorável ao Requerimento do Ver. Dilamar
Machado, porque ele está correto, ele não podia via à noite, como eu também não
podia. Eu venho no horário normal das Sessões, conforme determina o Regimento.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, eu não precisaria dizer nada, mas ouvi algumas manifestações e vou
ter que dizer e, lamentavelmente, eu acho que não deveria.
Na quinta-feira, à noite, eu cheguei em casa e a minha filha de 10 anos
estava com caxumba. Eu sou católico praticante, aliás, gosta desta bandeira e
já disse “n” vezes. A minha filha faria e fez a primeira comunhão no sábado.
Como na quinta à noite ela estava doente, foi ao médico e eu estive no colégio,
onde ela fez um ano de catequese, para dizer a sua professora o problema e se
ela poderia participar da 1ª comunhão no sábado. Foi por isso que eu não estive
de manhã, às 9 horas. Eu estava na Igreja São João, eu não estava dormindo.
Ponto dois: não sei por que cargas d’água a minha querida esposa, Denise, corta
a mão na sexta-feira, e ela veio comigo para ir ao médico e, aliás, estou meio
brigado com ela até agora, era isso que eu não queria dizer, mas é uma
realidade. Eu perdi a eleição, briguei com a esposa. Este ano não é o meu ano.
Ela está de mal porque me implorou que a levasse ao hospital na sexta-feira de
manhã e eu não levei porque estava aqui para aquela lamentável Sessão da
sexta-feira de manhã, onde diziam e falavam que não podia ser votado porque não
tinha as 48 horas. Não vim à noite por problema de compromisso previamente agendado.
A minha tristeza é o problema com a esposa, mas não vem ao caso, aí caberia um
reatamento. Então, Sr. Vereador, se foi feita uma votação na sexta-feira à
noite é porque, efetivamente, acreditando na Mesa da Câmara e nos Senhores
Vereadores, é porque havia a necessidade da urgência naquele processo e é por
isso que agora, há bem pouco tempo, recebi a visita no meu gabinete do Ver.
João Verle, pedindo para que ficasse aqui, para não renovar a votação, tendo em
vista os reflexos que essa votação daria e tendo em vista que, se não tivesse
quórum, agora, nós teríamos que aguardar, ainda mais, para uma possível
renovação ou não. Como ocorreu a votação sexta-feira em função da urgência da
matéria, vou votar contrário ao Requerimento do Ver. Dilamar Machado para
agilizar os processos no Executivo. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Elói
Guimarães.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, lamentável o Ver. Dilamar Machado não estar presente, é um grande
companheiro de luta, homem de valor, para prejuízo da Cidade não continuará na
Câmara.
Vou encaminhar contrário ao Requerimento do Ver. Dilamar Machado; vou
dizer as razões, inclusive me empenhei para o quórum de sexta-feira, pois não
estávamos diante de uma questão formal, mas adiante de uma questão de conteúdo,
de suplementação de verbas para setores importantes para o interesse da cidade.
Tinha que se cumprir as 48 horas e cumpriu-se; logo, a Sessão começou às
19h30min. Empenhei-me, porque é uma questão muito séria. Se eu tivesse razões
contrárias contra o mérito, muito bem, mas eu não tinha e me parece que o
conjunto da Casa, com sua maioria, quase que absoluta, era favorável ao mérito.
O Requerimento do Ver. Dilamar Machado tem uma impossibilidade
material, é absolutamente impossível a Renovação de Votação produzir efeitos
jurídicos, por uma razão simples, a Lei está publicada. Imaginem as
conseqüências que trariam para o Município uma decisão desta Casa, com
eficácia, mesmo que eficácia tivesse uma decisão da Casa, alterando os
procedimentos já adotados. Toda a crítica que se possa fazer é válida, mas a
situação é imutável, porque a Lei está publicada. Só uma nova Lei, um novo
procedimento Legislativo é capaz de alterar ou modificar essa situação, o que
seria altamente prejudicial aos interesses do Município, devido às alterações
jurídicas, econômicas e um nível do Tribunal de Contas, os procedimentos
adotados pelo Município.
Coloco esta situação como o devido respeito ao Ver. Dilamar Machado, por
quem tenho profunda admiração, um velho, um amigo, combativo companheiro.
A decisão que passamos tomar aqui, que não seja no sentido de ratificar
os atos já praticados, que são extremamente perigosos sob o ponto de vista do
interesse da Cidade. Os atos já foram praticados, e a Lei está publicada.
O Ver. Artur Zanella ponderou que encaminharia a favor do Requerimento
do Ver. Dilamar Machado. Respeito a opinião de V. Exa., mas penso que o caminho
mais sensato, mais responsável, mais sério é, efetivamente, rejeitarmos a
iniciativa do Ver. Dilamar Machado, embora todas as razões colocadas. Nesse
sentido encaminho, contrariamente, ao Requerimento do Ver. Dilamar Machado.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. ARTUR ZANELLA (Questão
de Ordem): Sr.
Presidente, votei a favor deste Projeto de Lei e votaria de novo, mas agora
levanta uma questão o Ver. Elói Guimarães que para mim se torna difícil, a de
que a lei está publicada. Pelo que eu sei a Comissão de Constituição e Justiça
não poderia ter-se reunido de sexta-feira á noite até hoje, imagino como
publicaram uma lei, sem eu a Comissão de Justiça tivesse aprovado a Redação
Final.
O SR. PRESIDENTE: Informamos a V. Exa. que
fase o caráter de urgência a Comissão de Justiça reuniu-se logo após a
Sessão Plenária e realizou a sua
reunião, onde havia quatro Vereadores presentes, portanto, com quórum para
elaboração da Redação Final.
O Ver. Raul Carrion está com a palavra.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, venho rapidamente para encaminhar contrariamente ao Requerimento do
Ver. Dilamar Machado, e esclarecer algumas questões que estão sendo colocados
de forma inverídica.
Primeira: a Sessão de sexta-feira à noite não se deu pelo fato de não
haver quórum na Sessão das 9h e 15min mas, sim, deu-se porque não havia sido
cumprido o prazo de 48 h para que pudéssemos votar a suplementação de verba,
depois da sua votação nas Comissões Conjuntas. Havendo a necessidade legal,
deste prazo e, ao mesmo tempo havendo uma urgência, dispomo-nos a fazer essa
reunião à noite. Não foi por que alguém dormiu.
Segundo, diversos Vereadores não estiveram aqui pela manhã no horário
exato por diversas razões. Eu queria dizer que também não me encontrava
“dormindo”, mas, sim, no meu gabinete, aguardando a segunda chamada pelo
sistema de som, que falhou; estava no telefone, e o som chegou ao meu gabinete
na metade da segunda chamada - ele fica um pouco distante, infelizmente, - e
vim o mais rápido possível. Cheguei aqui e já não deu mais, a chamada fora
feita muita rapidamente. Acho que foi uma injustiça, assim como foi feita
comigo, foi com diversos Vereadores.
Apesar disso fizemos uma Sessão Extraordinária, às 10h, e por absoluto
impedimento de prazo os Projetos não foram votados. Acho que é um erro, renovar
essa votação pelo fato da urgência da matéria. Por isso a Bancada do PC do B
encaminha pela não Renovação da Votação. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a
palavra.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Talvez, como disse o Ver. Airto Ferronato, este ano não era o dele,
eu diria que esse não é o meu dia.
Tudo eu esperava, menos ser repreendido por cumprir com o meu dever, um
Vereador-fantasma foi ali naquela Tribuna e me repreendeu, porque eu estava
aqui, na sexta-feira, às 19h30min, atendendo à Convocação Extraordinária do
Presidente da Casa. E esta Convocação Extraordinária se fez, porque o
Vereador-fantasma disse que não tinha Sessão na hora em que ele estava falando;
então eu acho que é por isso que estou dizendo que ele é fantasma, porque ele
falou e também foi embora agora, também não compareceu na Sessão das 19h30min.
Portanto, ser repreendido por ter cumprido o meu dever, acho profundamente
chato, até porque, naquela Sessão Extraordinária, convocada pela manhã, eu quis
falar e não permitiram que eu falasse. Mas, eu também, simplesmente aceitei,
sem problema nenhum, vim aqui e votei.
Acho que não deve ser renovada a votação, até porque o Ver. Elói
Guimarães colocou bem, para que se renove a votação, não tem mais significado,
porque já aconteceu, já está editada a Lei, claro que, no meu entendimento,
editada ilegalmente. Isto deve ser discutido.
Encaminhei Pedido de Informação e também perguntei para o Presidente da
Casa, hoje pela manhã, pedi que não mandasse nenhum oficio para o Prefeito, se
não tivesse mandado na sexta-feira, e fui informado que não tinha sido mandado.
Já pedi, no Pedido de Informação, o número do Ofício da Casa comunicando ao Prefeito que a Lei foi aprovada pela
Comissão de Justiça na sua Redação Final. A maneira correta de proceder é esta.
Se ele tem, quem mande a cópia do ofício, a anotação no livro de Protocolo,
depois, acho que devo proceder contra aqueles que editaram a Lei à semelhança
do que fizeram em 28.12.91, um sábado, quando colocaram no Diário Oficial, e
até hoje não chegou na Prefeitura a Redação Final aprovada. Então, isto é uma
coisa que a Câmara deve discutir, é claro, aqueles que assim desejarem, vou
discutir, vou até o fim, por isso fiz o Pedido de Informação, espero que o
Prefeito responda em 30 dias. Ao Presidente da Câmara também fiz um Pedido de
Informação, espero que em 3 dias me responda e vou dar seqüência àquilo que
deva ser feito. Agora, acho que não deve ser renovado, não é porque o Ver.
Dilamar Machado não está aqui. Eu, da tribuna, já havia dito que ele deveria
retirar o seu pedido de Renovação de Votação. Então, eu vou votar
contrariamente. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrados os
encaminhamentos. Em votação o Requerimento que solicita Renovação de Votação
para o PLE nº 60/96. A votação será nominal. (Após a chamada.) REJEITADO por
03 votos SIM, 16 votos NÃO.
A Mesa lê Declaração de Voto de autoria do Ver. Artur Zanella: “Voto a
favor da Renovação de Votação por uma Questão de princípios. Sempre voto a
favor de tal tipo de requerimento”.
Requerimento de autoria do Ver. Lauro Hagemann, solicitando que o PLL
nº 35/95, que obriga os cinemas de Porto Alegre a exibirem filmes de
curta-metragem, seja retirado de tramitação, nos termos do art.106. Em votação.
Para encaminhar, com a palavra o Ver. Jocelin Azambuja.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Senhor Presidente e Srs.
Vereadores. Não entendi por que o Ver. Lauro Hagemann quer retirar de
tramitação um Projeto tão importante, um Projeto maravilhoso que envolve os
nossos filmes de curta-metragem. É a nossa cultura sendo preservadas. Um
Projeto que tem merecido de todas as Comissões pareceres favoráveis. Há o
Parecer da nossa Comissão da lavra do saudoso Ver. Geraldo de Mattos Filho, que
se lembra de nós todos lá no Japão. O Ver. Geraldo de Mattos Filho de um
Parecer, que foi aprovado pela Comissão, e que eu tive o prazer de assinar
favoravelmente votamos eu e o Ver. Décio Schauren. Votamos os três Vereadores
da Comissão favoráveis ao Parecer e agora
fiquei de ver que o Vereador quer tirar de tramitação um Projeto tão
importante. Claro que precisamos respeitar sempre a vontade do Vereador autor
do Projeto, e o Ver. Lauro Hagemann deve ter razões muito especiais para ter
requerido a retirada de tramitação já que ele iria para a Ordem do Dia. Sofreu
Emendas do Ver. Henrique Fontana, questão que envolve a regulamentação da Lei,
tramitou em todas as Comissões e, por último, foi enviado à CCJ e CEFOR para
análise. Também foram pela aprovação do Projeto e das Emendas nº 01 e 02. Todas
as Comissões deram Parecer favorável. Também houve voto favorável do Ver. Elói
Guimarães. Com restrições, os Vereadores Ainhorn e Reginaldo Pujol. Então, era
um Projeto que tinha tudo para ser aprovado, e não consegui entender a atitude
do Ver. Lauro Hagemann de querer retirar o mesmo. Considero que os
curtas-metragens têm que ter, cada vez mais, espaço nos nosso cinemas, já que
estão, também cada vez mais, aumentando as projeções de curtas-metragens.
Assim, nosso encaminhamento é favorável à posição do Ver. Lauro
Hagemann, mas gostaríamos de saber quais foram seus motivos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a
palavra para encaminhar.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, não posso criticar o Ver. Jocelin Azambuja porque ele às vezes
procede fantasmagoricamente, até porque fui um dos primeiros a convidá-lo para
ser Vereador pelo meu Partido - à época PDS, hoje PPB. Apenas trocamos as
letras, já que mantivemos as mesmas linhas. Então, não posso criticá-lo. Mas
posso ficar contente - talvez - pelo
fato de que ele não pertence ao meu Partido, porque eu iria brigar com ele
muitas vezes.
Eu não havia visto ainda alguém se opor, de forma tão sistemática, gastando
cinco minutos, ao Ver. Lauro Hagemann, que quer retirar um Projeto que é seu;
ele tem todo o direito de fazê-lo. E o Ver. Jocelin Azambuja acabou votando
favoravelmente. Fui eu que não entendi.
Assim como naquela manhã de sexta-feira, quando não votamos a matéria
que poderia ter sido votada, porque o Vereador disse que estávamos numa Sessão
fantasma. E declaro que já havia visto votarem, em cinco minuto, um Projeto
inteiro: três Pautas e a Ordem do Dia para o Projeto, em quatro convocações
extraordinárias.
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, concordo com o nobre Ver. Lauro
Hagemann no sentido de que o Projeto seja retirado da Ordem do Dia. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Lauro Hagemann está
com a palavra para encaminhar.
O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, quero responder respeitosamente à indagação do Ver. Jocelin
Azambuja. quero dizer simplesmente o seguinte: este Projeto se tornou inócuo,
porque foi firmado um convênio entre o Executivo e as entidades arroladas aqui
para serem beneficiadas com este Projeto, que abarcou todo o espectro que o
Projeto pretendia oferecer, com a vantagem que o acordo prevê um sistemático
aperfeiçoamento das cláusulas do convênio, que a lei, até por caminhos diferentes
pudesse obstruir. Era isso, com todo o respeito a V. Exa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrados os
encaminhamentos. Em votação, que será nominal. (Após a chamada.) Votaram 08
Srs. Vereadores. Declaro nula a votação por inexistência de quórum.
(Encerra-se a Sessão às 19h25min.)
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